domingo, julho 02, 2006
Prestação de serviço noutros serviços públicos para professores incapacitados
O Governo irá propor ao sindicato dos Professores que estes, quando não leccionem por incapacidade possam integrar outros serviços públicos. Do universo de professores de baixa, 90% estão nestas circunstâncias por alegada baixa psicológica "devidamente" atestada. Eu diria que nuns casos será, noutros não! O que importa é que os professores que não dêem aulas poderão usufruir de uma requalificação profissional e de uma mudança de carreira. Convém salientar que esta situação está pressuposta nos estatutos da carreira de docente; apenas não está regulamentada.
Se a proposta seguir em frente, no ano lectivo que se segue, os docentes incapacitados para a docência e aptos para trabalhar terão que indicar nas respectivas escolas quais as alternativas de carreira que lhes aprazem. Compete aos estabelecimentos de ensino dar conhecimento à Administração Central das preferências dos seus docentes inaptos para o ensino, mas aptos para tudo e muito mais... É que dar aulas a meninos pode não ser pêra doce, mas o stress do trabalho comum também não é flor que se cheire. A responsabilidade do professor é muita e, se não se sente à altura da desempehar, se não está apto para formar o futuro da nação, muito bem... Pois que tenha uma nova oportunidade. O desgaste psicológico pode ser grande na carreira docente, mas as férias e afins são uma simpática compensação que na Administração Pública Central e Local não se aplicam!
Claro está que isto não é só mostrar desejo. Todas as mulheres desejam uns sapatos da Manolo's ou um vestido Chanel! Todos os homens se calhar desejam uma viatura topo de gama... Cabe ao "alvo do desejo" decidir se tem lugar para o ex docente ou não. Supondo que até necessita de um elemento mais, o organismo abre uma vaga para o docente que se extinguirá automaticamente uma vez que este saia do dito organismo. O busílis da história é que, se os serviços não quiserem abrir vaga para o ex docente, este passa automaticamente á reforma por incapacidade! Justo...
Claro está que os pacientes docentes com doenças oncológicas ou degenerativas podem sempre optar por continuar a prestar serviço nas escolas. Felizmente há sempre o cuidado e o bom senso de salvaguardar quem está mesmo doente. Falta apenas salientar que os que não deram aulas por incapacidade temporária não estão abrangidos por esta "reforma".
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