sexta-feira, junho 29, 2007

Hoje é o primeiro dia

Não do resto das nossas vidas, como diz a bonita canção de Sérgio Godinho, mas sim, da Presidência Europeia. Mais uma vez Portugal na "liderança" das sensbilidades, desta feita, dos vinte e sete. São cada vez mais as estrelinhas na bandeira.

A biodiversidade é o tema principa desta nossa presidencia (nem a propósito de sermos vinte e sete e todos diferentes, até nas diferentes espécies biológicas) mas, mais importante ainda será a capacidade de concretização do Tratado Constitucional Europeu e a sua ratificação por parte de todos os Estados Membros. Vamos lá a ver como é que nos saímos no meio disto tudo! Não vai ser nada fácil... Mas nós somos mesmo peritos em "dessenrascar" coisas complicadas; não deve ser este o desafio em que não nos vamos revelar á altura.

A agenda é vasta, a situação delicada, mas estamos cá todos, cheios de orgulho, ainda que "pequeninos", temos aquele ego gigante que tanto nos leva no bom caminho como nos deixa deprimidos. Faz parte de ser português... Vamos lá a mostrar a essa malta toda "europeia" como é que isto se faz.

A eles...

Pânico em Londres

Um carro armadilhado numa rua central de Londres, numa área residencial, suspeitas de um segundo veículo, enfim… Um caos! Estamos a aproximar-nos da data dos atentados de Londres e os terroristas gostam de datas simbólicas; é como se as “acarinhassem”. São de facto difíceis de entender estas organizações terroristas e os seus membros… Rebentam com tudo porque estão chateados, explodem meia dúzia de bombas porque estão “muito felizes e contentes”, matam centenas por uma “birra” mas podem matar milhares numa “comemoração”. Dou por mim a pensar qual o grau de loucura que estas organizações atingem e chego a achar que no seio destas há gravíssimos casos de esquizofrenia massificada! É de loucos!

A Favela é uma espiral problemática

“Quod me nutrit me destruit”

Pode-se dizer que é mesmo o caso. Não há meio-termo. As favelas são habitadas por milhões no Rio de Janeiro, são pobres, vivem das solidariedades e das dependências entre vizinhos, quando chove as barracas vão na enxurrada porque não flutuam, quando há derrocadas vai tudo abaixo, o aspecto da maioria é provavelmente mais degradado que o mais degradados bairros nacionais, têm “bocas” (onde se compra e vende droga), traficantes, guerras e rixas internas (verdadeiros cenários de guerra), há miséria, há regimes de clientela e há fome; mas também há dinheiro, armamento sofisticado, “segurança” (num conceito diferente do que imaginamos porque há balas perdidas e balas certeiras, matanças e perseguições, mas tudo “controlado”), negócios e “turistas” (compradores e até visitantes porque já há agências de viagem que tratam disso hoje em dia).

O dono da boca é o chefe, o traficante, o amigo, o “empregador”, o padre, o pai, o irmão, o amigo e o que garante a segurança na “área dele”. Um traficante pode controlar mais do que uma boca e gerir o “pedaço” (como eles dizem), ou pode ter apenas uma boca. Quando se tem apenas uma boca ou se está numa zona de muitas bocas e muitos traficantes ou está-se em maus lençóis, porque se um traficante tiver uma vasta área e houver uma só boca, “isolada”, está será um alvo fácil e preferencial para o grande detentor de “área”, que não terá sossego até a “conquistar”. Normalmente existem traficantes que “gerem” áreas consideráveis e “guerreiam entre si” caso se justifique. Pequenas guerras e conflitos armados entre o pequeno dono de uma boca e o “chefão” de uma área são comuns. Não é preciso muito para um “bando de miúdos” se rebelar e “tomar de assalto” a boca do seu “ex patrono”; mas normalmente custa-lhes caro depois (a vida). O responsável de uma boca responde ao traficante que gere a “área” e é o “dono” da boca (no fim de contas).

Se as favelas não forem seguras os “gringos” e os “endinheirados” não “às compras” e obrigam o “correio” a sair da favela, tornando-se inseguro para o próprio e para a favela em si, porque leva a que as entradas e saídas, mais expostas, atraiam as atenções e a polícia. O ideal é cada “macaco” no seu galho. São cada vez menos frequentes e mais arriscadas a incursões da polícia nos morros e nas favelas, uma vez que muitas vezes os maus da fita dispõem de melhor armamento e conseguem obter superioridade numérica, já para não falar que conhecem como ninguém os “cantos à casa”, surpreendendo a polícia a cada esquina e causando baixas. Os traficantes asseguram que não ocorrem nem pequenos nem grandes delitos no seio da favela, para que os clientes entrem e para manter a polícia afastada (não que a temam). Muitas vezes os miúdos, em tenra idade, bem como os mais crescidos, saem da favela e vão praticar roubos e outros pequenos, ou não, delitos na cidade, longe do olhar reprovador dos traficantes ou enviados por estes até para obter verbas ou seja o que for, porque há alturas em que se está “em guerra com o inimigo” e isso requer fundos e meios. Quando a coisa “suja” (ocorrem crimes) dentro da favela, por muito que custe, o responsável pela “mancha” onde ocorreu o incidente tem que agir de modo a servir de exemplo e desmotivar os demais, fazendo com que o responsável “pague” pelos seus actos. Isto por vezes gera inimizades e guerras internas entre facções do mesmo grupo dominante numa área, levando à dizimação do grupo e fazendo com que outro novo ou que já possuía a vizinhança se aposse da zona ou, levando a que apenas uma parte permaneça no “negócio” eliminando os restantes. Por ali a coisa é séria. Não há hipótese de falhar e ficar à espera de uma segunda oportunidade; a oportunidade de viver, por ali, só se consegue uma vez. Normalmente o chefe tem os seus “soldados” e nunca sai da sua “masmorra”, mas convive com os seus. A protecção aos locais e garantida e todos conhecem as regras que não se podem quebrar, mais do que aquelas que são desejáveis na convivência do dia-a-dia.

Poderíamos passar dias a discorrer sobre esta realidade, ali ninguém está só e todos “passam bem e mal”. O importante é que tudo isto é uma espiral, um encadear de coisas que se geram umas às outras e puxam tudo para si, como num remoinho. O traficante não sai da toca, mas as outras toupeiras “acarretam” o que faz falta para manter o “caos” instalado que acaba por funcionar como uma ordem, a única que conhecem e que evita um número ainda mais elevado de mortes. Há uns anos, toda e qualquer pessoa que entrasse na favela sujeitava-se a não voltar a sair, nos dias que correm tem-se uma “regra de ouro” que é não matar à sorte, não se pode “abrir fogo” em cima do carteiro, do polícia, do miúdo que vem da escola e não fez nada a ninguém, da senhora que vai levar os “bolinhos de bacalhau” à que mora mais acima, enfim… Tenta-se respeitar cada um, sobretudo quando se trata de gente inocente e que muitas vezes até está a fazer o seu trabalho. É um equilíbrio frágil, indecente, de olhos bem aberto e que “dá plantão”. Aqui também há lugar para as aspirações e para as ambições. Há festas, churrascos, música e desportos, há associações que trabalham com as crianças e as ajudam a ocupar os tempos livres da melhor forma possível. Alguns saem da favela para a vida, são normalmente bem recebido quando voltam de visita, mas nem sempre, pois já não são vistos como “da casa”; outros fazem a vida lá dentro. Quem quer subir na vida, mandar no “pedaço”, sair com as meninas bonitas ou ter a namorada que quer, sem ser ameaçado pelos demais, tem que subir no morro para subir na vida, transformando-se num dos “membros” vitais do traficante. Quando lá chegam eles “ajudam” os seus e fazem o melhor que podem e sabem pela justiça social, dão “emprego”, incentivam, aconselham, fazem caridade e, são importantes.

Perante isto tudo, como é que alguém pensa em acabar com o morro, a favela ou o traficante? As redes sociais estão criadas, o dia-a-dia acontece, há protocolos, normas e condutas éticas, sem que seja preciso fazer por isso, as teias funcionam quase automaticamente, é complicado para a máquina; eu diria mesmo que é quase impossível. Quando as “guerras” se sucedem há mortes e vive-se tal e qual num campo de batalha, mas acabar com isto, ninguém sabe como.

quinta-feira, junho 28, 2007

Festival Infantil para Meninos Ricos

Abriu hoje as portas em Oeiras, no Parque dos Poetas, o Mega Festival Infantil denominado “Meu 1º Festival” e que promete ser o melhor festival infantil de sempre no país. Fico muito feliz por estas iniciativas estarem a decorrer para os mais jovens, sobretudo porque além de estimular o convívio também lhes permite ficar “cara a cara”com as suas “estrelas” preferidas. Personagens como Nody, Ruca, Bob o Construtor e, as Bratz, entre outros, são verdadeiros heróis da pequenada. Cantam, dançam, interagem e até fazem graças para os seus fãs de palmo e meio, que bem merecem, sobretudo depois de “pagarem” a entrada!

São 25€ por “cabeça”, não importa se mal lhe cabe o chapéu da Chicco se todo e qualquer chapéu que lhe assente (tamanho para adulto). Isto faz com que uma família com 2 filhos tenha que dispor de 100€ para poder visitar o festival; e nós bem sabemos que não são todas as famílias que podem dispor de uma quantia destas num mês. Ir em duas vezes não me parece opção… Então um dos filhos é preterido em relação ao outro momentaneamente? Pode acontecer que se opte pela ida de apenas um dos progenitores, ou que uma das crianças seja muito pequena e fique com um dos pais em casa; mas para muitas famílias que muito fazem pelo “sapiens sapiens” esta não é uma opção.

Mesmo que seja uma família de três pessoas já é complicado! Podemos dizer que é um lindo festival para os meninos ricos, cujos pais podem e assim sendo “devem” (se o entenderem) ir passar umas boas horas com os filhos, a desfrutar e a tirar fotos às carinhas de espanto e admiração que a/s luz/es dos seus olhos fazem…

É lamentável! Deviam ter em atenção que uma coisa destas seria para todos, pois até nas escolas há os que viram e os que não puderam ver, e por isso encheram um sem número de vezes os olhos de lágrimas, e nada mais!

p.s. – Desconheço se existem atenções ou preços especiais para grupos grandes ou escolas, mas para as famílias sei que não.

Borlas Berardo

(mecenas)




Não sei se inspirado pelo anúncio do Sapo ADSL (passo a publicidade), onde um adorável serzinho oferece mensalidades até 31.08 e faz furor entre os transeuntes da praia que são imensos, ou se é mesmo por motivação própria mas, seja como for, são boas notícias!
O Museu Joe Berardo pode ser visitado gratuitamente por sócios de clubes da primeira Liga bem como Funcionários Públicos (boa alguém se lembrou de lhes qualquer coisa nos últimos tempos... Cheira-me a que caso se candidatasse ganhava (fosse ele ao que fosse...)), mas até ao final da semana é “à borla” para todos!
Boa ideia Comendador Joe, a sério... Importa salientar que o elevado número de visitantes tenha contribuído significativamente para esta decisão, uma vez que mostra que os portugueses se motivaram para a arte e parar a cultura, nem que tenha sido com ajuda de algumas polémicas pelo caminho… Mas o importante é que estamos a passar por lá. Vamos aproveitar que depois salvo as excepções, é a pagar.

Novo Regime Jurídico do Ensino Superior

De tanto que já se ouviu, salta-me assim uma pergunta, daquelas que me assombra e creio que também assombra a maioria dos portugueses. Como é que Mariano Gago explica o facto de ver no novo Regime Jurídico do Ensino Superior qualquer forma de combate aos interesses instalados? A menos que se fale nos interesses instalados vigentes neste momento nas Universidades e que desagradem a outros interesses instaladas. Desde quando é que uma nomeação é mais “transparente” que uma eleição? Por trás de uma nomeação existem também interesses instalados, por mais correctos e dignos que eles sejam, uma vez que a sensibilidades de quem analisa currículos, suponde que até íamos pelos “créditos” apresentados, tende a preferir aquilo com que mais se identifica, tal como quem vota, mas creio que os votantes podem ter panos de fundo mais dispares que um núcleo duro por mais isento que este tente ser.
Reitores nomeados em vez de eleitos soa-me mais a “controlo” das Instituições de Ensino Superior do que propriamente a evolução e transparência numa luta contra interesses instalados.
Existem muitos outros pontos dignos de análise, mas este preocupa-me sinceramente, por mais nobres que sejam as intenções. Mariano Gago não fecha as portas ao debate, mas seria importante que ponderasse esta questão. Partindo do princípio da boa fé, temos que considerar que as boas fés que se seguem não são iguais às de quem se encontra neste momento no Governo; sim, porque creio que outros Governos virão e, com outras orientações político partidárias. Nada é para sempre… A menos que voltássemos aos tempos da ditadura e os actuais Ministros funcionariam como “perpétuos”… Aberrante não? Fora de conjectura, esperamos.

Censura a Correia de Campos

Lá está a "velha" questão dos mínimos a respeitar... Desta feita Correia de Campos foi de um tom jocoso (parece ser a palavra na ordem do dia) inadmissível. Então passa pela cabeça de alguém dizer que se dêem medicamentos fora de prazo aos “pobrezinhos”? Nem que seja em resposta a uma provocação. O Estado é uma pessoa de bem e o Sr. Ministro como seu representante não deve "descer" ao ponto de entrar nesses "arrufos" comezinhos. “Pobrezinho” do juízo é quem diz uma coisa destas, nem que seja a brincar! E se alguém que ouvisse o Sr. Ministro, até por falta de esclarecimento, pegasse num saco de medicamentos fora de prazo e os fosse entregar a alguém necessitado que os tomasse, tendo por consequência o adoecimento ou falecimento da pessoa? O que é que o Sr. Ministro Correia de Campos faria? Assumiria responsabilidades ou chamaria “louco” ao cidadão pouco esclarecido?

É grave fazer uma afirmação destas em público meu caro Ministro, pode ter consequenciais desastrosas. Ainda hoje de manhã vários cidadãos de idade quiseram entregar nas farmácias “donativos” (não lixo) fora de prazo! Há limites! Os doentes e os tais “pobrezinhos” (que estamos certos faz tudo ao seu alcance parar que deixem de o ser), podem sentir-se ofendidos na sua dignidade, e com razão. Estas ofensas são sempre mais graves da parte do Estado ou de um representante seu, que feitas por um simples cidadão anónimo; isto porque o primeiro tem responsabilidades sociais acrescidas.

Já agora o Ministro pode ser jocoso com uma significativa parela da população (os "pobrezinhos") sem que hajam consequências? E todos nós que nos sentimos mal com as afirmações do Sr. Ministro podemos exigir alguma justiça?

p.s. - Já agora, só se aceitam medicamento cuja toma cessou ou nem se iniciou, caso estes se encontrem dentro dos prazos de validade quer nas Farmácias, quer nas Organizações que aceitam donativos de Ajuda Medicamentosa; por favor note, não vale a pena levar os medicamentos se esta condição ou requisito não for cumprida.

Lápis azul faz estragos outra vez

A directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho foi exonerada do cargo por sentimentos de desconforto de alguns deputados do PS para com um cartaz afixado neste Centro de Saúde que conteria declarações do Ministro da Saúde, Correia de Campos, em termos jocosos.

Parece que o despacho de 05 de Janeiro que afasta, a directo em causa, de funções dá a conhecer as razões aqui explicitadas bem como dá por provada a incapacidade desta para garantir observações superiores da forma adequada, para a prossecução e implementação das políticas desenvolvidas pelo Ministério da Saúde. Talvez se deva ao facto de não ter retirado o cartaz dos indiscretos olhares dos populares de Vieira do Minho (que não serão certamente milhões…)!

Espanta-me profundamente que estas coisas estejam a acontecer e quando pretendo fazer a minha “sátirazinha” chego a temer consequências; mas não nos podemos encolher todos e, estou certa que declarações de domínio público apresentadas de forma divertida e cheias de sentido de humor agradam até aos visados. O Veneno rege-se por um lema de vida muito próprio e que “reza” da seguinte forma: quem não sabe ouvir uma piada não merece ser levado a sério. Será que a possibilidade de ser jocoso ficou vedada a todos os funcionário públicos? Isto é particularmente grave porque temos uma parcela da sociedade lesada relativamente à restante por via do empregador.

Existirão certamente mínimos a esperar mas também devem existir barreiras à penalização directa ou, a meu ver, “decapitação” para exemplo dos demais, uma vez que o equilíbrio de forças entre as partes envolvidas nem sequer é precário; é altamente desigual. Onde é que posicionamos o funcionário por si só, relativamente à máquina Estado enquanto entidade patronal? Já sei, num extremo oposto onde quase nem se vê.

Não defendo que se coloque um cartaz destes na porta do “chefe”, uma vez que se um funcionário em qualquer empresa privada colocar num daqueles painéis onde se revelam indicadores, políticas da casa, divulgação das boas ideias dos funcionários e outras coisas afins (que se encontram á vista de todas, muitas vezes até dos visitantes) um cartaz danoso para com qualquer chefia, director ou administrador, o mais certo é ver a porta da rua; mas a relação laboral aqui, estreita-se, isto porque as empresas privadas fazem questão disso. Muitas vezes o funcionário público entende o Ministro como um superior mas não o percepciona como tal, devido à distância entre um e o outro, que é mais que muita e dificilmente existirá, pela má comunicação interna, qualquer “laço” laboral por mais remoto que seja. Isto acontece sobretudo entre as camadas mais jovens de funcionários ou, entre os mais distante do poder central, uma vez que os funcionários públicos do “antigamente” ainda se levantam para “agraciar” a entrada de um secretário de Estado num local onde estejam reunidos; por exemplo, quanto mais para o Exmo. Sr. Ministro…

Nenhum de nós, enquanto superior gostaria de ter que suportar uma coisa destas, mas de facto os Ministros deste Governo também se prestam a coisas que nenhuns outros se prestaram… Chegam a parecer verdadeiros inadaptados para as funções. Há coisas que se pensam mas não se dizem, e estes Ministros também parecem não conseguir perceber quais são essas coisas (que “ferem” os cidadãos). Não se pode chamar deserto a metade de um país como fez Marino Lino, não se pode dizer o que Correia de Campos disse ontem; é gravíssimo… O estranho é que a eles ninguém os pune.

A pestana já se fecha

Já se sabe, o Veneno mesmo a cair de sono tendo ainda uma réstia da pestana aberta encontra sempre ânimo para mais uma "achazinha"... Mesmo que carinhosa como esta! Amanhã prometo comentar as novas pista acerca de Madeleine e todos os outros assuntos pendentes que o João Pestana está apostado em me impedir neste momento!

Até amanhã!

O número 10 muda de gerência

O ponto mais negro do seu "mostruário" político parece ser o apoio aos Estados Unidos na guerra conta o Iraque (lembram-se certamente dos protagonistas das Lajes...) e parece ter apostado tudo na recuperação da sua imagem, sendo neste momento o homem indicado por Bush para a mediação do conflito no Médio Oriente, proposta irrecusável pela verba implícita mas também, talvez, pela consciência pesada de Blair. Por vezes uma réstia de bom senso pode "martirizar" uma pessoa para o resto da vida; sobretudo alguém que sempre defendeu que se deve lutar por aquilo que se acha correcto. Talvez Blair ache que agora que pontos de interrogação são diferentes de pontos de exclamação, sobretudo porque a nova "pontuação" a nível do Médio Oriente conta agora com milhares de pontinhos de sangue das vítimas da guerra do Iraque; entre soldados, civis, suicidas, políticos, distraídos e afins... Podemos dizer que a "gramática" do mundo mudou bastante nos últimos tempo. Blair pode querer redimir-se dos erros passados, vamos esperar para ver e entretanto desejamos-lhe sorte porque ninguém gosta de ver o cenário de terror em que a cidade das 1001 noites está transformada! Bagdad quem te viu e quem te vê!

Sanches e as bolinhas pretas

Parece que Saldanha Sanches foi hoje chumbado na Faculdade de Direito de Lisboa, na sua tentativa de obter o grau de Professor, com o exame de agregação (que só pode ser obtido após o Doutoramento). Não me lembro de alguma vez até hoje ter sido noticiado o chumbo da agregação de mais alguém neste país! Estranho… Será por ser mandatário da campanha de António Costa ou por ser esposo de Maria José Morgado? Talvez seja melhor não ceder-mos a teorias da conspiração; mas lá que é caso único, é!

Foi um seis a três nada favorável para o “artista”. A agregação é feita através de escrutínio “secreto” (ou assim se crê) onde se vota numa caixa com bolas brancas ou pretas. As brancas são a favor da tese submetida a exame, as pretas reprovam a dita. Esta situação tão noticia é muito frequente e recorrente nos meios académicos. São quase mais os “chumbos” que as aprovações e o mais engraçado é que o júri é composto por nove elementos e no final do exame há casos em que os nove têm a “lata” de dizer ao recém chumbado que lamentam e votaram a favor dele. Se isto não é cínico o que será então?

O engraçado é o mediatismo que este caso em particular assumiu! Nunca se fala nisto, também porque muitos candidatos a Professores não são propriamente colunáveis, não sendo perfeitos anónimos ou desconhecidos… Há casos em que entra apenas uma bola branca na caixa e há nove “candidatos” a dizer fui eu! Também há casos menos “bicudos” em que dois ou três possíveis “carrascos” se assumem; mas são raros. Já ouvi relatos de nove bolas pretas mas nestes casos creio que ninguém se aventurou a dizer eu votei a teu favor, assumem-se os actos e diz-se que foi mau, e ainda que a tese não fosse má, o resultado do exame foi; por isso não há qualquer problema!

Talvez a altura para ir a exame não fosse a melhor, mas o que é facto é que estes casos são mais que comuns, há pessoas que vão a três e mais tentativas de obter a agregação; algumas nunca conseguem outras, a páginas tantas lá sobem mais um degrau.

quarta-feira, junho 27, 2007

Galeria dos Espelhos de Versalhes

A Galeria dos Espelhos do Palácio de Versalhes foi reaberta ao público. Pode parecer estranho mas na época de Luís XIV, quando a galeria foi feita, um bom espelho valia tanto ou mais que a obra de um pintor contemporâneo de referência; isto só para nos poder-mos situar na sumptuosidade. Se vos acrescentar que temos trezentos e cinquenta e tantos espelhos, numa parede de mais de setenta metros… O tecto desta sala foi pintado por Charles Le Brun e foi igualmente recuperado, uma vez que a sujidade acumulada, apesar dos restauros porque já havia passado, impedia o bom visionamento da obra prima que este tecto é.

No restauro destes espelhos usou-se o mercúrio, há muito banido como técnica de uso corrente e recorrente devido à sua elevada toxidade; mas dada a antiguidade e o valor das peças, abriu-se e a meu ver muito bem, uma excepção. Só gostava de saber se alguns destes espelhos mostra o interior dos “espelhados”, porque se assim fosse podíamos enviar algumas altas personalidades e “individualidades” do circuito político mundial (incluindo poucas e boas peças nacionais) para saber um pouco mais… Só me tirava a paz, o sono e o sossego caso os espelhos se começassem a quebrar com a quantidade de “horrores”, que prevejo, iria ser reflectida!

Parabéns a Jacinto Godinho


Recebeu o Grande Prémio Gazeta 2006 pelos seus trabalhos de jornalismo de investigação "Ei-los que partem- História da Emigração Portuguesa". Não será certamente pelos 20 mil Euros, porque apesar de darem sempre jeito, não são verba que se apresente... Claro está que há muita gente boa que faz tudo lindamente e não recebe mais que um elogio verbal, mas neste caso falamos de um prémio; o que transfigura completamente esta realidade. Lembrei-me de mencionar este factor porque muita gente me tem vindo com este argumento, mas de facto eu acho que e bom mas pouco... Sinceridade nunca ficou mal a ninguém!
Aqui fica a modesta e humilde menção do Puro Veneno com os votos de continuação do excelente trabalho que cá fico a aguardar por mais umas reportagens daquilo a que chamo bom jornalismo.

terça-feira, junho 26, 2007

Raparigas fumam mais

(É mais sexy e sabe melhor que com um cigaro...)

Não deixa de ser chocante perceber que a parcela da população que mais "cadeiras" ocupa nas Universidades e respectivas Faculdades também é aquela cuja percentagem de adesão ao tabagismo aumento 40%! São as jovens do sexo feminino, entre os 15 e os 24 que mais têm “apanhado” o mau vício do cigarro. Poderíamos tentar justificar um “desastre” destes com a falta de instrução, com a falta de divulgação dos malefícios causados pelo tabaco, pela quantidade de problemas que se colocam às fumadoras serem desconhecidos (desde a diminuição da eficácia da pílula até à mal formação nos fetos), pela necessidade de fazer “asneiras” em nome de alguma incompreensível necessidade de afirmação, mas não é possível; infelizmente. Nem sequer acredito que a “mensagem” não esteja a chegar ao consumidor final, basta pegar num maço de tabaco para poder ler na embalagem as consequências do consumo do produto, mas infelizmente a maior parte das pessoas prefere chamar às “advertências” slogan!

Enquanto nos preferirmos enganar a nós próprio muito pouco ou nada pode ser feito! Espero sinceramente que a nova Lei seja aprovado (apesar da quantidade de fumadores que prometem ser inveterados e que podem ser encontrados nos corredores da Assembleia da República) e sem recuos. Esta lei que parece aos olhos de muitos apenas defender os interesses de quem não fuma, no futuro, tendo em conta a diminuição da exposição do número de maus exemplos (fumadores) e a tendências destes para não fumar entre as suas próprias “quatro” paredes, esta medida pode vir a surtir um efeito bastante positivo na diminuição do número de fumadores em Portugal.

Está tudo maluco?



Um estudo realizado pela Carphone Warehouse, em parceria com a Escola de Economia de Londres revelou que 1/3 dos britânicos (ou seja, um em cada três) não trocaria o telemóvel por uma quantia equivalente a 1,5 milhões de Euros. Estão malucos ou fazem-se? 16% do universo inquirido não trocaria o “patético aparelhinho” celular por quantia nenhuma neste mundo… Mas de onde será que vêm as alegrias da vida desta gente? Certamente por difusão celular!
Por mim, se quiserem, dêem cá o milhão e meio de Euros que eu cedo-vos de bom grado o telemóvel! Afinal os números importantes todos nós sabemos de cor… Não precisamos de “agenda”, é de memória mesmo; estão bem fresquinhos dentro da nossa cabeça. Nem vale a pena mencionar aqueles que não trocam um bom chá ou um bom vinho pelo insuportável e metido aparelho que toca sempre que lhe apetece e “regula” boa parte da existência de cada um de nós.
Um milhão e meio de Euros dá para comprar outro e ainda nos faz sentir “exorcizados” do mal “telemovilizado”; nada como deixar de estar “possuído” por uns instantes.

Chris Benoit: um final inesperado

O popular lutador de Wrestling, Chris Benoit, de quarenta anos, suicida-se após tragédia familiar e põe assim termo a uma bem sucedida caminhada profissional. As autoridades do Estado de Atlanta dizem não ter nenhum outro suspeito, a não ser Chris, para o triste cenário com que se depararam ontem na residência da família Benoit. A esposa Nancy e o filho de ambos, com sete anos de idade, jaziam sem vida; quanto ao próprio Chris corre o rumor de que terá sido encontrado enforcado. A única teoria conhecida neste momento, e divulgada pelas autoridades apenas informa que os três se encontravam sem vida e que o possível suicídio de Chris terá sido o culminar da tragédia após ter cometido um duplo homicídio (da esposa e do próprio filho).

Nunca é de fácil compreensão uma notícia como esta; sobretudo porque nos leva a pensar o que é que faz com que um ser humano mate, sobretudo a esposa e o próprio filho, ainda para mais quando se trata de uma criança indefesa, como neste caso, com apenas sete anos de idade. Desconheço mesmo se existe alguma “teoria” cientifica que possa dar a perceber este tipo de “instinto” ou “comportamento” através de activação de alguma zona em particular do cérebro (talvez derivado dos esteroides), mas de uma coisa tenho a certeza, quer haja explicação cientifica quer não, é certamente um zona muito negra e triste do cérebro humano que funciona e leva a pessoa a cometer verdadeiras atrocidades.

Talvez existam factores que poderiam levar à antecipação deste final que alguém carinhosamente apelidou de “dupla patada” (que ao que parece é um golpe de Wrestling). Alguns amigos estranharam quando Chris faltou a dois espectáculos de Wrestling e enviou como explicação mensagens sms que estes consideraram evasivas e enigmáticas, mas provavelmente não interpretaram como sendo nada de mais; talvez porque o conteúdo, aparentemente, não teria nada de ameaçador ou grave e acharam que se tratava apenas de uma pura e simples divagação do ser humano.

Parabéns Puro Veneno


O Puro Veneno apaga a velinha do seu segundo aniversário e vai dormir! Amanhã há mais... Obrigado a todos por partilharem comigo este dia magnífico; estes Parabéns são também para vós.

Portugal recebe menos imigrantes

E o que é que estávamos à espera? A fraca dinâmica económica e a falta de oportunidades de trabalho leva a que os imigrantes procurem outros destinos para as suas "migrações", onde encontrem as oportunidades que os seus países de origem não lhes oferecerem. Certamente não estaríamos à espera que viessem para cá passar pelas privações de que "fugiram" nos seus países de origem; pois não?

Os que vêm para cá para trabalhar já não vêm à procura de um “posto” à altura das suas habilitações (mas acredito que alimentar o sonho “secreto” de o alcançar um dia…), não sabem quais as barreiras culturais e linguísticas que vão ter de enfrentar (a ideia que se faz é uma coisa e a realidade é outra), muitos não têm garantia alguma de que a vida lhes vai “sorrir”, deixam a família, a casa e os ombros amigos; que lhes poderia a vida pedir mais? Que viessem passar mal por aqui? Há limites para o “sofrimento”.

Claro que a imigração grisalha e endinheirada que vem para cá passar a “reforma” ou o imigrante que trás um projecto aliciante a “empreender” e dinheiro no bolso para o concretizar não se encontram nesta lista. Mas também estes segundos se afastam. Se haviam de vir investir num país sem dinâmica economia e sem crescimento digno desse nome, talvez não seja oportuno implementar o que quer que seja por aqui. O mercado está “fraco” por muito boa e saudável ou aplicável que seja a ideia, pode não valer a pena arriscar.

Prontidão Americana

Os nossos já conhecidos americanos, sempre tão prontos a "dar um tiro" no "joelho" do mundo ou onde mais lhes convier, não parecem muito interessados em "acertar" onde "deveriam". Basta "olhar" para o mapa mundo, colocar o dedo sobre o Sudão e perguntar o que é que foi feito. Pouco mais que nada! Condoleezza Rice resolveu lembrar o Sudão da promessa feita relativamente à "aceitação" de uma força internacional híbrida para tentar conter a crise humanitária que já dizimou centenas e desalojou milhares. Numa economia pobre, com quase nada para "oferecer", imagine-se a realidade de um campo e refugiados ... Podemos dizer que nem ai estão a "salvo"; estão espostos a centenas de outras causas e formas de morte. Não estamos num mundo nada "fácil" e cabe-nos a todos nós tentar compreender e melhorar esta "pequena esfera" de afectos, azul de verde (mais conhecida por planeta azul), cuja infinita "generosidade" nos permite viver no seu seio. Por isso mesmo, não devemos virar as costas nem devemos tolerar os "estranhos humores" americanos no que concerne ao que está certo e deve ser feito; não deverá ser o bastante apontar o dedo quando os Estados Unidos agem mal. Há que indicar direcções e ter a sabedoria para perceber a diferença entre o agir mal e o agir bem, para poder congratular o "actor"; se for caso disso. Não devemos permitir que ajam como polícias do mundo apenas naquilo que lhes"importa" (financeiramente) e se emiscuam do que "resta" (que é uma parcela bem maior do que podemos captar assim à "primeira vista).

O Líbano outra vez...

Pelas piores razões! Muitas das acusações recentes que racaiem sobre o Líbano prendem-se com ataques a soldados israelitas, cuja justificação é a tentativa de troca, se é que se pode "chamar" assim. O objectivo é "trocar" os soldados israelitas por libaneses detidos do outro lado (Israel)! Não que se esteja a falra de "mercadoria para troca" porque falamos de gente, pessoas, iguais a cada um de nós. Quando entramos neste tipo de cenário e já morreu muita gente de parte a parte por uma causa, quase que nos deparamos com a "causa de todos os envolvidos", porque de um lado e de outro há famílias, há vítimas, há pessoas, há matança e há destruição. O Líbano transformou-se numa espécie de "sangria desatada"; quando não é por umarazão é por outra e bem vistas as coisas já não há razão e existem todas as razões.

Um povo sofrido deseja a "redenção", a paz e o fim do conflito mas, ao mesmo tempo, "lambe" as suas feridas, chora as suas vítimas e "veste um pouco a camisola" da causa porque sofre ou já sofreu. Deixam de existir os "inocentes" ou os "culpados", é quase o espiar de "pecados" duns e de outros. Não importa o que os levou tão "longe", importa sim perceber onde estão agora e porquê e esse talvez seja o "alimento" de que o conflito armado precisa.

Ontem, mais uma vez, a história escreveu-se em letras ensanguentadas, quando um coluna das forças de manutenção de paz da ONU foi vítima da explosão de um engenho explosivo à sua passagem junto da fronteira com Israel. Ao que parece, os autores não se querem dar a conhecer. Seis soldados da vizinha Espanha pereceram e outros três ficaram feridos; o que é um “balanço” trágico para um só país e num só dia. O Veneno aproveita para apresentar aqui as suas condolências aos nossos vizinhos espanhóis e às respectivas famílias das vítimas. Portugal é um país cujos antecedentes colonialistas levaram a conhecer a triste realidade das “armadilhas” e por mais fortes ou indiferentes que queiramos ser, choca-nos sempre que uma criança (sobretudo uma criança) ou um adulto é vítima de uma mina anti pessoal nas ex-colónias. Sabemos o quanto custa! Não podemos esquecer que tudo isto aconteceu a 50 metros do “raio de acção” dos portugueses no terreno, o que nos deve fazer levar as mãos à cabeça e pensar que por um triz não foram os nossos. O Líbano não se encontra em “alerta amarelo” por acaso; todo o cuidado é pouco (por mais precauções que se tomem há sempre uma margem de risco).

Negrão "veta" Zona J

Negrão, candidato pelo PSD à Autarquia alfacinha acha que os prédios da Zona J (Chelas) deveriam ser demolidos porque devido ao traçado arquitectónico ajudam a gerar "ilhas de inegurança", segundo as palavras do próprio. Existe um projecto para demolir as áreas problemáticas e os prédios circundantes, dando lugar a um estacionamento e um jardim. Os cerca de 40 moradores (dos edifícios visados) serão realojados e, o cenário do filme Zona J desaparecerá!

Se um dia a "Zona J" se transformar numa espécie de Hollywood, sentiremos a falta dos primeiros cenários reais... He he he he... Tendo em conta a actual situação do cinema português, que apesar de melhorar a cada dia ainda lhe falta "bastante" para aspirar a ter uma Hollywood sua, não sei se alguma vez (num futuro próximo) nos teremos de nos preocupar com isso...

p.s. - Cá entre nós, o Negrão nem deve ter gostado do Filme...

segunda-feira, junho 25, 2007

Dois anos de Puro Veneno






Grande gafe, então não é que o Puro Veneno faz 2 anos hoje!!!!!!!!!! Duas lindas e maravilhosas Primaveras, que me enriquecem um pouco todos os dias! Foi dia 25 de Junho que tudo começou; na blogosfera nacional (Sapo). Que vos posso dizer caros leitores e amigos, é uma dedicatória emocionada… A família é incontornável, até tivemos bolo para o Puro Veneno e eu, que devia ter acordado a saber que dia era hoje, apercebi-me quando a família falou! Que fazer? Quem se dedica dia após dia não se importa assim tanto com essas coisas.
Hoje foi muito simbólico termos vindo no Público… Bem como a visita de todos e cada um de vós! Nem sei o que dizer! Parece que a felicidade é suprema, apesar do dente (que martiriza o Conventodaalma… autora dos posts…) que eu trituraria de bom grado, não fosse a falta que o dito faz! Dedico-vos a todos vós o vosso Puro Veneno e agradeço a todos cada visita… Quanto ao facto de estar aqui, bem não podia ir “inaugurar” Museu algum com o Puro Veneno a fazer anos, mas posso assegurar que acho muito bonito e muito oportuno que Joe Berardo tenha escolhido a data do aniversário do Puro Veneno para inaugurar o Museu; diria que foi de bom gosto mesmo! Desculpe lá caro Joe (que não me conhece de lado nenhum) mas não pude ir ao Museu, qualquer das formas os meus sinceros parabéns e os votos de uma áurea caminhada. E já agora, se por acaso notou a ausência de alguém importante deixe lá isso… Certamente estava na “celebração virtual” do segundo aniversário do Puro Veneno, se quiser passe por cá também!

Obrigado por estes dois anos magníficos caros leitores e caro jornal Público (por estas alegrias)!

Puro Veneno no Público

Caros leitores e amigos, aconteceu... Aconteceu!!!!!!!!!!!!!!!!! Outra vez!!!!!!!!!!!!!!!!!! Quase me deu uma coisa!!!!!!!!!!!!! Quando já toda a gente dizia que talvez para o ano que vem o nosso Puro Veneno tivesse a oportunidade de voltar a aparecer nos "Blogues em papel" do meu/ nosso jornal de todos os dias, o Público, hoje de manhã, ao folhear o Caderno P2 na página 2... Sinto as mãos a tremer, o coração disparar... Era ele o Puro Veneno com o post "Benfiquistas Convidados"! O meu ego está novamente a rebentar pelas costuras... Nem consegui deixar para depois do jantar; tive de vir aqui primeiro, partilhar com todos vós que Eu e VÓS estavamos lá... Suspeito que alguns de vós já sabiam... No meu/ nosso Público... Agora tenho duas molduras em cima da mesa!

p.s. - Vou levar o meu ego gigante e "intratável" com a vaidade a jantar e já volto para destilar venenozinho da "melhor" colheita, com aquela isnpiração e motivação extra que todos vós e o Público ajudam a não deixar esmorecer! Até a dor de dentes ficou em segundo plano!

Muito obrigado ao Público, este Puro Veneno orgulha-se cada vez que aparecer nas vossas páginas! Para o Puro Veneno são da casa, passem por cá sempre que queiram pois trazem muita alegria e serão sempre bem recebidos.

Muito obrigado a todos vós caros leitores e amigos também! Não fiquem ciumentos que já sabem que são mais que da casa, que são sempre bem recebidos e que fazem o Veneno transbordar de alegria cada vez que este olha para o contador de visitas!

Muito obrigado, do fundo do coração!

domingo, junho 24, 2007

Sugestão Musical de Domingo

Semisonic - Chemistry

Desculpem a ausência de post de hoje, até acabei por guardar o que comecei a escrever para amanhã... Um dente "inimigo" deu cabo de tudo! Sabem aquela dor de dentes? Pois... Não desejo a ninguém! Ainda "morde" o dente, mas neste momento suporta-se!

Até amanhã caros leitores e amigos e já sabem que amanhã teremos todo o Veneno do universo!

sábado, junho 23, 2007

Delatora desempregada indignada

Até pode ser que a Administração Fiscal e a Administração Pública achem graça... Até saiu recentemente o "Manual do Delator" sob a égide da denúncia: denuncie, denuncie toda a gente caro funcionário público: colegas, amigos, primos, pais, filhos, irmãos, pais e mães de família, toda a gente... Abriu-se a caça às bruxas! Mas para mim um delator é sempre um delator; um "bufo" como se diz na gíria, e isso, não é nada bom.

Então a tal senhora, delatora, ex-funcionária da Fábrica Mendes Godinho foi denunciar a entidade patronal que sempre lhe pagou a tempo e horas (presume-se senão ela não teria tempo para estas coisas) e para mais, com um e-mail perfeitamente pessoal e identificado? Se era para fazer isso, ao menos, tinha a decência e a inteligência de se manter "anónima" (dentro do possível... Nem que criasse o e-mail e o disparasse de um cyber café...), tão esperta que ela foi... Tola!

O mais giro é que a dita delatora ainda reclama que lhe tiraram 3500€ na indemnização... Ela teve foi sorte ter recebido alguma coisa! Perdoem-me, eu sou completamente contra as fraudes, mas a Secretaria de Estado do Tesouro e das Finanças, mais a Administração central, mais quem possa ter interesse têm funcionários pagos para encontrar fraudes. Para além do óbvio... A senhora anda a contribuir para o desemprego dos auditores e "investigadores" das fraudes fiscais. Eu não suporto as fraudes mas também não suporto delatores... Defeito latino ou será um mínimo de dignidade?

p.s. - alguém conhece uma organização interessada em contratar delatores? Pública ou privada... Eu acho que não!

ETA em Portugal

Bem podemos começar a usar um "novo sinal de trânsito" em Portugal, de ponta a ponta e ao longo do território nacional:


Realmente passamos boa parte do nosso tempo a fazer de conta… A quantidade impressionante de gente (políticos, cronistas de banca, comentadores e até cidadãos anónimos) que quer fazer crer que não podia sequer imaginar que a ETA teria um “braço”, no caso mais uma “perninha”, em Portugal. Digamos que esta fosse uma opção natural, mais coisa menos coisa (porque não somos propriamente adeptos ou praticantes das diferentes “modalidades” terroristas), para a ETA. Não só Portugal, como também a França (basta lembrar que temos o “Pais Basco Francês”) são pontos estratégicos para a ETA. Se há que ter as chamadas “casas de recuo” e “apoios” então que seja em solo “neutro” para a ETA e onde esta se possa movimentar minimamente, o que, como podemos depreender deixa Portugal como “alvo” preferencial, uma vez que em França a coisa já muda de figura. França já teve os seus dias de “el durado” até se concertar com Espanha devido à parcela de território “Basco” que também lhes pertence. Só resta uma opção e, tanto faz pelo Algarve como pelo Minho ou até, por Lisboa...
Não é comum pararem carros nas fronteiras e muito menos viaturas espanholas com chapas de matrícula falsas (portuguesas). Imagino o choque de ver tantos explosivos juntos, mas já não consigo imaginar o choque de perceber que deveria ser “obra” da ETA! Ainda bem que um telefonema denunciou a situação e acabou por não acontecer nada de nada porque parece que era uma “descarga” incrível, a avaliar pela quantidade de explosivos!

Marques Mendes é fã de Referendos

É a única explicação que encontro! O homem quer referendar tudo e mais alguma coisa; qualquer dia quer referendar a própria existência, o que nos vale é que tudo isto é só e apenas se o deixarem... Como ninguém deixa...

Será que Marques Mendes já parou para pensar os custos de cada referendo que "levamos à cena"? Sim, porque no fundo, as questões que referendamos são dignas de um teatro de marionetes e não de país que se quer evoluído e a acompanhar o progresso do século XXI.

Há uns anos referendámos a Regionalização (que mantenho a perspectiva de que teria sido bom para o país), há pouco a IVG (que do meu ponto de vista era legislar e mais nada) e em seguida íamos referendar a aceitação do Tratado Constitucional da União Europeia... É que era já a seguir caro Marques Mendes, já a seguir...

Nós não conseguimos sobreviver fora da União Europeia e era bom que Marques Mendes finalmente percebesse isso. Os tempos em que o "orgulhosamente sós" era possível acabaram, e mais, foram péssimos para o país. Não devemos continuar a incorrer nos mesmos erros caro Marques Mendes. Não nos serve de nada afundar o país de vez e como tal, para nosso próprio bem é bom que esse bonito Tratado seja finalmente assinado, que até enviamos um raminho de rosas a Sarkozy pela astúcia política revelada enquanto mediador. Quanto à Polónia não lhes enviaremos absoluctamente nada, mas se "passarem" por cá oferecemos-lhes um copito de Porto...

De serviço...

Lá terá que ser! Volto mais tarde com mais Veneno ou quem que acham que vai cozer os caracóis, pôr o frango no espeto, fritar e cozer as batatas e assar as sardinhas e os pimentos? O São João é que não vai ser… O Santo António encheu-me as medidas de “rua”, desta vez seremos mais caseirinhos!

Aletração nos acessos às praias da Margem Sul

E não é que a Exma. Srª. Presidente da Câmara Municipal de Almada vai levar a cabo mais uma asneirada! Um Metro vazio, o trânsito num caos, as ruas cheias de terra e pó, tudo escavacado e esburacado na cidade de Almada, um programa POLIS na Costa da Caparica que teima em não dar frutos (caso único no país), o espaço Margueira (Lisnave) desaproveitado e transformado em “cemitério” de camionetas e barcos... Parcómetros em zonas de obras (cuja conta de papel e tinta é paga pelos impostos dos munícipes, uma vez que a Sr.ª lembrou-se de andar por ai a dizer que enquanto as obras durassem era á borla… Como se houvessem almoços grátis…) não aprecem ser o suficiente.

Hoje em véspera de São João, Santo padroeiro desta imensa barafunda, é anunciada a alteração na circulação rodoviária na zona das praias da Costa. Mas porque é que esta senhora não abre uma sociedade com a Fátima de Felgueiras e não vão as duas, mais os seus ímpetos destrutivos, lá para o Brasil?

Os carros só poderão sair em direcção à Charneca de Caparica na estrada das praia e, a estrada paralela (da NATO) só funcionará no sentido ascendente. Haja paciência! Em resposta à necessidade de revitalização daquela área e há falta de infraestruturas respondesse com sentidos proibidos e, eventualmente, com um Metro que ninguém usa! Se não fossem as verbas disponibilizadas à "la gardene” este Metro jamais estaria em construção.

Repararam no silêncio desta Autarca quando Mário Lino chamou à Margem Sul deserto? Será que ela acredita que ninguém notou? Seria uma fraqueza de espírito tanta ingenuidade!

Pós Graduados e Cavaco na América

O título soa tão surreal como o conteúdo do post e como as palavras do Exmo. Sr. Doutor Presidente da República Aníbal Cavaco Silva. Custa-me a crer que alguém com tanta instrução e de quem o país deve esperar tudo e mais alguma coisa de maior tenha convidado para seus comensais pós graduados portugueses ou de ascendência portuguesa (até aqui tudo bem) e lhes tenha dito para, e passo a citar: -“vir trabalhar para Portugal”. Sr. Presidente, deixe-me “pintar-lhe” aqui o “cenário” da realidade portuguesa: os licenciados e pós graduados, bem como até mestres (para não falar dos Doutores do Instituto Superior Técnico (IST) que não arranjar emprego e querem ir fazer de conta que percebem alguma coisa de gestão para as faculdades dessa área… Felizmente não conseguiram ainda) não têm emprego cá. Não falo de maus alunos, falo de alunos com boas médias, da Universidade Técnica de Lisboa (entre outras) e de áreas como Engenharia, Economia, Gestão (e por aí a fora…), alguns com brilhantes percursos profissionais dentro e fora do país (Estados Unidos, países nórdicos (Europa)), chegam cá e encontram todas as portas fechadas. Ninguém lhes dá emprego! Uns porque não têm factor C, outros porque têm muita experiência e devem saber “a potes” acerca de temáticas em voga e fariam concorrência aos já empregados, ainda há os que simplesmente são postos de lado porque se pensa que vão pedir balúrdios dado a experiência que apresentam nos currículos…

Se duvidar Sr. Presidente eu disponho-me pessoalmente para lhe apresentar vários casos de sucesso internacional e insucesso nacional. Pode ser que assim perceba o quanto ofende todos estes jovens quando anda por aí a fazer convites. Pense primeiro nos jovens que tem por cá Sr. Presidente, olhe que são tão bons ou melhores que os luso descendentes americanos!

Já agora a questão salarial… Não queria tocar neste ponto, mas… E como pensaria reter esses pós graduados luso descendentes? Sim, suponha que eles “aterravam” cá e iam à procura de um emprego. Muitos regressavam porque não encontravam nenhum, mas os que ficassem não ficavam mais de um mês, porque os ordenados por cá são uma vergonha tão grande, que até o rato Mickey ganha mais nas quadrículas de papel!

p.s. – Digam-me que isto não aconteceu! Só mesmo num país a brincar…

Boas notícias com Veneno

Não sendo das coisas que mais interessam... Talvez o Veneno este ano nem precise "meter férias" no blog! Vá lá... Também não precisam estar a fingir tanta alegria (he he he he ...)! Vamos lá a ver... Também nunca seria para agora e deixaria um post com a data do "regresso ao trabalho"; mas se não ouver necessidade, "mete-se" apenas férias do trabalho; tanto melhor, porque o Puro Veneno faz parte das coisas boas da vida.

Espero que os caros amigos leitores tinham ficado "radiantes" com a boa nova. Vamos lá então aos post com interesse, que este deixa muito a desejar... He he he he

sexta-feira, junho 22, 2007

Até amanhã

Bem queria ter vindo comentar a actualidade, mas só amanhã :( e vamos ver se consigo! Mas prometo-vos que sábado cá terão todo o Veneno do mundo, tal como estão acostumados. Mas não deixei de passar por cá para vos deixar um "miminho"!

quarta-feira, junho 20, 2007

TGV a 40 anos

(TGV no tempo de Eça de Queirós... He he he)



O Ministro Mário Lino não pára de ter ideias e volta à carga. A ideia é financiar o TGV entregando-o à exploração do consórcio que construir as linhas durante 40 anos. Não sei qual será a solução se a utilização for alguma coisa parecida ao Metro da Margem Sul, onde nem beduínos nem camelos… Todo dia vagueia sozinho nas linhas. Se for o gestor do consórcio ou este encontra mais clientes ou bem pode “pegar nas linhas” e ir “montá-las noutro lado! Se for o Estado lá vem mais um buraco no orçamento e se não obtiver sucesso somos nós a pagar; até aqui nada de novo, somos sempre os mesmos a “receber” a factura da incompetência e da má gestão “política”. Na maioria dos casos é o Estado que financia a obra entregando a exploração às empresas ferroviárias nacionais (são poucas as excepções que ficam na Ásia e numa parcela entre Espanha e França).
Só me pergunto se alguém está interessado em construir um TGV com base no modelo das SCUT (onde podem surgir diferenças entre o volume de tráfego e a capacidade instalada), ou são muitas entidades “combinadas” (“espécie” montagem financeira) ou não sei quem é que vai querer! Chego a pensar que talvez o TGV não se construa porque, lamentavelmente, ninguém demonstrou interesse em ficar com o “comboio” de alta velocidade “às costas”; ainda para mais prevê-se que pare “quase tanto” como o alfa pendular, o que é absurdo!

Portugal em Washington


Cristovão Colombo descobriu a América ao serviço da corte espanhola, mas nem por isso deixou de ser português. Agora que se inaugura um exposição em Washington D.C. que realça o contributo dos emigrantes portugueses nos Estados Unidos da América (EUA), denominada “Encompassing The Globe – Portugal Sec. XVI e XVII” e que reporta à primeira globalização, muita gente aponta o dedo e diz que continuamos a viver das glórias do passado, mas eu não penso assim. As imagens da torre de Belém no metro de Washington durante esta exposição, a mostra de vinhos portugueses (com provas e tudo), a exibição de filmes nacionais ou até a divulgação das obras de artes portuguesas são coisa do passado? Estão a acontecer hoje, logo são coisas do presente e do futuro. A montra das nossas “relíquias” fica no Museu e têm “actualidade” que tem toda e qualquer peça de Museu. O conflito que deu origem ao “Guernica” já terminou, mas a relevância da obra e o retratar de todo e qualquer conflito da mesma génese é inegável e intemporal; para não falar da imortalização do sentimento e do acontecimento Guerra Civil Espanhola. Assim é com as “jóias” da nação portuguesa que se encontram patentes ao público em Washington. Os móveis, os documentos históricos, os objectos decorativos e todos os demais incluídos na exposição são hoje “intemporais” porque a história, essa meus amigos, não muda!
Para mim só falta realmente divulgar mais os grandes feitos portugueses nos liceus americanos, para que não se confundam as “caravelas” portuguesas que levaram o mundo “ao mundo” com os galeões espanhóis; mas isso são “intempéries” da vizinhança latino americana. Sabiam que em Miami quase se pode dizer que se fala mais espanhol que inglês? E é um facto.

Eutanásia como forma de misericórdia




Li mais uma vez acerca da eutanásia e da concordância de uma significativa parcela do universo dos médicos inquiridos sobre esta melindrosa polémica. Muitos médicos não se opõem à prática da eutanásia nos casos de doentes em estado terminal. O que aqui me suscita algum desconforto é o conceito de “estado terminal”, uma vez que alguém como Ramón Sampedro (o senhor espanhol cujo suicídio assistido foi filmado e deu origem a uma película, gerando imensa polémica) não seria provavelmente considerado um doente terminal. Ramón, tal como Terry Schiavo e outros casos semelhantes não se encontravam numa agonia letal, mas sem duvida que se encontravam num mal-estar permanente que pode ser equiparado a esta agonia. No caso de Terry nem sequer se supõe que percepcionasse o seu próprio estado.
Esta questão é muito séria e talvez não seja adequada a um referendo. O mais acertado seria legislar acerca da eutanásia, permitindo ao “paciente” em estado reconhecido como crítico ou de elevado “melindre” (por um médico) escolher se quer continuar a viver ou não. Como já sabemos, muitos consideram o prolongamento da vida com ventiladores e máquinas, uma verdadeira “tortura” e creio que só eles mesmos podem saber do que estão a “falar” (já que alguns são interpretados por um computador). Não me considero capaz de “optar” por todas estas pessoas mas se por acaso fosse chamada a votar num referendo acerca da eutanásia o meu voto seria a favor, pois creio que o certo é dar à pessoa a possibilidade de escolher.
Dos casos que tenho tido acesso na imprensa apenas posso apenas concluir que a eutanásia é uma forma de misericórdia e se assim é, eu apoio esta causa. Para mim a vida só se justifica quando pode ser desfrutada. Há que valer a pena viver; a vida não deve ser uma penitência mas sim uma “aventura” com os seus altos e baixos. Encerro este post com as palavras de Ramón Sanpedro: -“Viver é um direito, não uma obrigação”.

Música para a OTA e para o TGV

Oleta Adams - You Can Reach Me

Negociata entre CIP e Governo

(Portela daqui a nada... Segundo Mário Lino)

Não deixa de ser um cenário estranho para uma negociata, o Campo de Tiro de Alcochete… Não sei se me convenciam! Ainda que com balas de borracha… Quem vai há “guerra” dá e leva, como diz o povo e o povo é sábio.

Logicamente que não se sentaram numa mesinha de ferro a tomar um chá em plena relvinha verde do Campo de Tiro, mas é uma coisa “barulhenta” para se ter ao meio de um projecto de papel. Como já sabem, por mim pode ser um aeroporto para o deserto, ajuda a combater a parca frequência de beduínos (segundo Mário Lino) e a controlar a entrada de camelos… É que andamos a tentar apurar a raça dos ditos.

Não tenho muita fé numa alternativa à OTA vir a concretizar-se como aeroporto, mas longe de mim querer ser fatalista. Continuo a achar muito estranho esta subtileza de espírito que vai durar uns meses e que vai ter em conta as possíveis alternativas à OTA. Quanto à opção Portela mais um, não tenho sequer uma réstia de esperança, mas ter um aeroporto no coração de Lisboa é uma vantagem para vários tipos de turismo. Não é só para o turismo de “chinela no pé” como se faz querer. Uma parcela do turismo grisalho endinheirado que vem do Norte da Europa (por exemplo) nem sequer pondera alugar carro, sai no centro da cidade e anda de táxi, já que os nossos restantes meios de transporte não são grande coisa. Não temos propriamente um interface rodoviário no aeroporto. Temos a estação de comboios do Parque das Nações (mais abaixo, leia-se “longe”), temos autocarros, “fogareiros” ávidos de uma boa bandeirada com “sight seeing” e má cara para percursos mais próximos, e com isto acabaram-se as alternativas; a menos que o transeunte queira ir a pé. Não vale a pena falar nas bicicletas que não há, também porque a cidade das sete colinas sobe e desce “que se farta”, mas ainda assim, há bons pedaços que poderiam ter percursos para ciclistas. Claro está que o turista pode sempre ir a pé dali para o Hotel, caso sejam dos que ficam no centro Parque das Nações e tenham “boa perna” (mas aí já trazem dinheiro, que aqueles hotéis não são propriamente tarimbas com casas de banho comuns…), de outra forma não vale a pena empreenderem a caminhada a pé, quando chegassem a Santa Apolónia já tinham chamado a polícia e solicitado o “repatriamento”!

O estudo da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) que despoletou a polémica e acabou por “revelar” alguns dos rostos responsáveis, que não sentiram necessidade de omitir o facto de serem empresários e de poderem realmente ter interesses na Margem Sul, contou com especialistas académicos reconhecidos que não “compactuariam” com qualquer espécie de “enredo” que pudesse colocar o seu bom nome em causa. Acredito que o estudo seja fidedigno e muito positivo, só não sei se será, “contas feitas” produtivo, uma vez que sem fundos europeus é difícil acreditar que a OTA fosse a solução.

Cultura em Portugal



Precisamos mesmo de algum mecenato na cultura e na museologia (talvez até a intervenção divina...), para ver se a actual situação de desvalorização do património museológico nacional se inverte. Não é apenas pelo “descuido” a que os Museus se encontram vetados, porque posso assegurar-vos que pelas Autarquias deste país há uma enorme vontade de promover e dinamizar os museus, o problema é o mesmo de sempre: falta de pessoal qualificado (porque há museus onde a boa vontade do porteiro se junta à do cantoneiro e há do/a responsável (com habilitações para tal) para se realizarem coisas tão “cruciais” como inventários de arte), falta de verbas e pouca ou nenhuma divulgação. Seria de esperar que dentro dos limites de um concelho as Autarquias se juntassem e promovessem os seus museus, o seu património arquitectónico e cultural, a sua gastronomia, mas as diferentes cores partidárias acabam com toda e qualquer possibilidade de cooperação ou entendimento. Muitas vezes é praticamente impossível motivar as pessoas a visitar os Museus porque os cartazes e as exposições não são divulgados ou não o fazem como “deve ser”. Há exposições sem qualquer interesse, outras cujo “alvo” é quase nulo excepto para algumas micro parcelas profissionais da sociedade. Quanto agrada a todos (interesse comum) como foi o caso da exposição de Amadeu de Sousa Cardoso, ou mesmo da “mostra” de cadáveres que decorre neste momento em Lisboa, as pessoas vão (também conta o factor não estar ali para sempre… Eu sei). Não somo propriamente uma nação de ímpetos culturais fervorosos, nem mesmo fazemos um esforço para isso. Também não temos culpa de viverem a tentar convencer-nos a assistir ao “Teatro Revista” feito à moda do século passado (parado no tempo) ou, de nos bombardearem com filmes cujos subsídios caríssimos justificados pela escolha de um qualquer intelectual cuja disponibilidade e gosto são totalmente diferentes da “populaça em geral”… Mais uma vez posso lembrar os exemplos de alguns filmes “jeitosos” que acabam por ter sucesso no cinema, como o Crime do Padre Amaro ou o Mistério da Estrada de Sintra. É certo que por trás temos o texto de Eça de Queirós, mas poderíamos ter Saramago ou Sttau Monteiro; por exemplo. Enquanto as coisas se fizerem para as minorias e não para toda a gente, o problema subsiste.

Museu Berardo

Segunda-feira abre as portas ao público o museu Joe Berardo (com peças da colecção do próprio e algumas cedidas). Trata-se de um Museu de Arte Moderna cuja inauguração contará com algumas individualidades como o Exmo. Sr. Primeiro-ministro José Sócrates. Para além das formalidades (“hostilidades”) necessárias haverá festa (com DJ) e fogo de artifício pela noite dentro. Eu só queria saber uma coisinha… Por acaso alguém sabe se os sócios do Benfica têm desconto?

p.s. – Estaremos todos convidados para a festa? Se aparecem todos os sócios do maior clube do mundo, não caberiam todos no Museu; já pensaram nisso?

terça-feira, junho 19, 2007

A difícil constituição europeia


Reino Unido e Polónia não concordam com a feição do documento que enforma a futura constituição europeia e resolveram bater o pé. No caso do Reino Unido temos que ver que são ilhéus, comem feijões no pão de manhã e isto para não falar de almoçarem ou jantarem peixe com batatas fritas… O caso é simples, se meterem muita água com o aquecimento global correm o risco de desaparecer e serão um problema a menos; para já, entraram na última cimeira do G8… O que é mau para nós! Eles têm aquilo que “compra os melões” e nós dependemos desse vil metal que tantas vezes recebemos sob a forma de subsídio (não que estejamos a descurar o “amigo” alemão, jamais), tendo por isto mesmo que concertar com os “amiguinhos” fleumáticos uma boa solução para que esta constituição seja uma realidade e o projecto não seja vítima do “aquecimento global de sensibilidades” dentro do espaço Schengen.
Quanto à Polónia... Aqui está um caso que não compreendo. Além de concorrerem connosco aos subsídios e não terem dado nenhum contributo de maior à União Europeia (EU) (porque o único contributo que me lembro que tenham dado foi ao mundo e foi o Papa João Paulo II) , ainda andam por aí a fazer barulho e a apoiar o Reino Unido, quando precisamos de os isolar para os tornar mais flexíveis. Da minha parte proponho ao Exmo. Sr. Presidente da União Europeia, José Barroso, fazer uma “troca”, coisa de nada… De última da hora mesmo… Era pormos a Polónia e mais uns quantos a andar da UE para fora e ficarmos com a Turquia. Eu sei que temos que os “moldar” e explicar o que são Direitos Humanos, mas ainda assim são um caso menos “grave” que alguns dos actuais membros (não me lembro de termos prendido nenhum adepto do Euro 2004 quando estes queimaram bandeiras e outros símbolos nacionais).

Debate dos candiatos a lisboa

Os candidatos à Autarquia de Lisboa "batem boca" ou debatem acerca dos males que afectam a Autarquia Alfacinha. A dado momento senti aquilo que se chama de “déjà vu” e lembrei-me do “gene feminino” ser responsável pela fraca representatividade das mulheres nos cargos de topo mas neste caso, são os acessores. O princípio de todo o mal é o acessor, a figura do acessor… São mais que as “mães” segundo se ouve por ali. Devemos então esperar que não haja qualquer falha no trabalho de todo e qualquer vereador dado o número de “apoios” que cada um tem. Também já sabemos que há vereadores de “primeira” com pelouro e, de “segunda” sem pelouro.
Não encontro um fio condutor neste debate, encontro diferentes “vontades” próprias e uma tentativa de passar a ideia, da parte de alguns candidatos, de que farão um esforço de conciliação e concertação, que a mim me parece extremamente difícil. Já se falou em “despedir” o pobre coitado do cantoneiro de recolha, já se crucificou o acessor, já se hasteou a bandeira do outsourcing, já se partiu para a recuperação urbana e recolha de contributos das licenças dos estabelecimentos comerciais, mas sem esquecer, está claro, a Lei das Finanças Locais e o “drama” financeiro que ora é o fim do mundo ora é um problema sério, dependendo do candidato.
Estou para ver se desta vez se estendem mãos (para os cumprimentos) e se chamam nomes (por não se apertarem as mãos) ou se por acaso se comportam como “deve ser” até ao “lavar dos cestos” da vindima intercalar. Sugiro-lhes mesmo que continuem como bons desportistas a elogiarem-se uns aos outros a espaços e, mantendo até uma certa ordem no debate. Temo que se por acaso o “verniz estalar” se assista a uma coisa nunca vista… Afinal nunca vimos tanta deferência de tratamento entre uns e outros (politica e partidariamente).
Neste debate António Costa tem demonstrado que realmente é o melhor candidato, com o discernimento que já lhe conhecemos, tem a “lição bem estudada” e consegue não ter intervenções longas e maçadoras (porque não levam a lado nenhum) onde alguns candidatos têm demonstrado tudo aquilo que não se quer para a Autarquia alfacinha. Gosto da ideia de António Costa de existir falta de liderança e de capacidade de decisão, o que resulta numa má gestão, sem dúvida, mas o problema é alterar esta situação e não apenas apontar o dedo. Se António Costa mantiver a distância “de segurança” como manteve em relação a José Sócrates, uma vez que até se “demarcou” e a meu ver muito bem, da “história” da OTA, estamos perante um potencial bom Presidente.

Estupefacta com os professores


Nesta nação de poetas há beira-mar plantada, ainda há lugar para a estupefacção causada pela poesia! Nada de estranho até aqui, a não ser que a estupefacção me tenha sido causada a mim não pelo poeta mas sim por uma “stôra”! Então não é que leio a páginas tantas, num comentário ao Exame Nacional de Português, uma “stôra” que diz que ficou muito feliz após o exame, quando saiu da sala de professores e viu os alunos amontoados, na expectativa de trocarem impressões com os respectivos professores (até aqui tudo bem) e, a discutirem poesia ali e cito: -“num simples corredor de escola”. Fiquei tão chocada que me vi forçada a comentar! Então há algum lugar mais próprio para isso mesmo que os corredores das escolas ou das Universidade? Também se pode discutir poesia no Metro ou na praia, numa noite romântica ao luar… Mas na escola é sem duvido o “lugar por excelência”! Está tudo na lua ou é só impressão minha?
Não estou à espera que todos achem que qualquer local é bom para ler, dizer ou escrever um poema, mas há mínimos…

Problemas com o Exame Nacional de Matemática



Parece que temos um não problema com o exame nacional de matemática a ser transformado num problema. Então não é que alguém se lembrou de contestar a hora do exame? Vá lá… Não contestarem o local já é uma sorte! Bem podiam querer que o exame se realizasse em casa ou num centro de explicações. Qualquer das maneiras será bom que todos os alunos que tenham algum problema com as 11:15 para inicia de qualquer exame comecem a desistir da ideia da faculdade, é que por lá, até ao meio-dia e meia é boa hora para começar um exame ( e estão a meses disso)!
Não há nada que me tire mais do sério que as falsas questões. Há horários que colocam o almoço dos alunos às 13:30 e nunca foram proibidos por lei, que eu saiba. Para mim, pessoalmente, cujo cérebro engrena a todo o vapor por volta das 10:30, não haveria melhor hora, mas infelizmente no meu tempo ou nos torturavam logo às 9 ou 9:30 da manhã ou então era depois do almoço, para ver se o “João Pestana” chegava durante o exame nacional (e garanto-vos que chegou a alguns colegas)!
Não me parece grave terminar às 14 horas o exame. Ter mais meia hora que o normal não me espanta nada, afinal pode ser que com mais tempo as médias subam e, de preferência, mais que ligeiramente. Cada vez os exames são mais fáceis, mas isso até nem mereceria comentário, afinal os exames não “andam aí” para dar cabo da vida a ninguém; o problema é que cada vez os alunos sabem menos e as questões que lhes são colocados nos exames nacionais de conclusão do secundário, no meu tempo, nem no décimo ano teriam lugar. Alguma coisa está errada. Creio que é esta mentalidade que leva até à Universidade “ovelhas” e não “pastores”. Os alunos não pensam por si, não têm iniciativa e mais ainda, não adquirem alguns dos conhecimentos exigíveis para alguém que ingressa num grau de ensino denominado por superior.
Não poderemos adoptar o célebre “modelo de debate americano” que tanto tem granjeados adeptos pelo mundo fora (e que não é mais que o aluno preparar as matérias por si e ir à aula debate-las; não propriamente em”mesa redonda” mas com algum rigor científico), uma vez que permite inclusive ao aluno ter “pontos de vista” discordantes dos do docente e admitidos desde que, lá está, convenientemente fundamentados, sem que isso lhe traga quaisquer represálias. Se por acaso a perspectiva do aluno for passível de ser desmontada, os colegas e o próprio docente prestaram o apoio necessário a que o aluno supere o seu “erro”, sem que isso seja sequer motivo para apontar o dedo. Mas em Portugal isso é impensável; aqui a verdade inabalável está na “sebenta” do Senhor Professor. Por cá, os Exmos. Senhores Doutores de cátedra, que nunca trabalharam na vida, apenas leccionaram, dão “lições” de vida e ensinam o que se deve fazer, com base em teoria, no local de trabalho; creio mesmo que é por isto que o nosso ensino se encontra tão desenquadrado das reais necessidades laborais do país. Este último problema é que não tem solução à vista, pois cada vez se exige que o Catedrático ou o Mestre (já deixando de fora os Licenciados) se dediquem exclusivamente ao papel de docentes. Isto não pode dar bom resultado.
Não vamos cair na banalidade total. Muitos alunos nem conseguem comer antes do exame, quanto mais durante… Nem um copo de leite com um pão, quanto mais um prato de cereais ou um almoço! Quanto aos que brincam e dizem que levam as bebidas ou a toalha para o “banquete” parece-me que estão a encontrar o espírito necessário; afinal quem é que vai fazer questão por cerca de duas horas que no final abrem as portas da Faculdade? Até vai ser giro olhar para trás e dizer que foi a melhor hora de almoço de sempre, afinal, sem ela não se chegaria mais longe.

Igualdade de direitos

Gato Fedorento - Pinto da Costa

Pinto da Costa e o apito


É-me indiferente de que cor é o apito mas, se calhar, a cor azul assentava-lhe bem… Se bem que dourado é a cor do ouro… Condiz e adequa-se perfeitamente às circunstâncias em evidência neste caso. O que importa realmente é quem é que faz o apito “soar”! Claro está que em última instância é o árbitro, por isso estão tantos em maus lençóis, mas por trás deles existe certamente alguma motivação maior que uma simples simpatia clubista. Não é a troco de coisa nenhuma que se fazem certas arbitragens que já presenciei.
Muitas vezes os adeptos reclamam das bancadas simplesmente porque o lançamento de uma bola não vai para a sua equipa quanto até é possível perceber que a decisão é acertada mas, também há momentos em que a cada contra ataque de uma dada equipa o arbitro apita e assinala fora de jogo; o grande problema é que o fora de jogo “continuado” nunca existiu. Existe a possibilidade de ser um mau ângulo, do árbitro não ter visto e eu até posso “tolerar” estas explicações uma ou duas vezes, mas cinco ou seis por jogo, começa a ser um indício de que alguma coisa está mal.
Sem qualquer sombra de dúvida o Porto tem apresentado consistência nos resultados e boas equipas, mas tem tido as chamadas ajudas da “varinha mágica” (mais conhecidas por apito dourado) e que funcionam como pozinhos de perlimpimpim de Jorge Nuno Pinto da Costa. Agora, sejamos honestos, não é com certeza apenas a troco de bombons, se não os nossos árbitros estariam quase todos com uns valentes desarranjos intestinais (para não usar o termo mais comum e mais grosseiro). Se compusermos o café e os bombons com as “meninas” isto começa a fazer mais sentido, mas ainda assim, não me parece o suficiente. Existiram ainda outros subterfúgios para encobrir pagamentos de arbitragens duvidosas, nem que sejam aqueles favores ou jeitinhos que não têm propriamente um “preço”.
Pinto da Costa foi inteligente e perante os adeptos do seu clube até conseguiu passar a imagem de “quem não deve não teme”, mas para quem não tem a “pressão” da paixão clubista a vincar-lhe o pensamento e interpreta os factos sem qualquer viés, a única coisa que vêm à cabeça é aquela velha máxima que até os miúdos aprendem ao andar à “cacetada” com os outros: não se pode ter medo, se vamos com medo o mais certo é levar-mos um valente enxerto e sairmos cabisbaixos. Como é fácil perceber, Pinto da Costa não chegou “aqui” ontem, há vinte e tantos anos que anda nisto, logo há muita coisa que já aprendeu e acreditem que não será fácil obter seja o que for de concreto por ali.

p.s. – só mais uma coisinha; alguém está a ver o Baía no papel de Presidente? Pelo menos seria divertido!

As mulheres na Administração Pública (e não só)

Se disser que o caso das mulheres na Administração Pública (AP) é diferente do que se passa no privado, minto! A realidade é precisamente a mesma. Não que em todos os casos existam mais mulheres que homens no global da organização, mas o facto é que por mais mulheres que façam parte do "corpo" da organização, nos lugares cimeiros são os homens que se encontram em maior número. A proporção na AP portuguesa é de mais de 50% de mulheres (60 e tanto por cento) no "todo" e, conforme se sobe na hierarquia, a representatividade das mesma decresce. Dos 100% de cargos de topo existentes na AP apenas 32% são ocupados por mulheres. Relativamente ao todo este número é vergonhosamente pequeno.

Bem sabemos que não é porque as mulheres têm filhos, mas também é (apesar da crise de bebés que atravessamos, aqueles 5 meses possíveis para a licença de maternidade são fatais), não é porque fazem uso da figura da assistência à família com maior frequência que os homens, mas também é, não é porque geralmente deixam os filhos na escola de manhã, mas também é, não é porque os vão buscar entre as 18 horas e as 19, mas também é... Ou seja, bem vistas as coisas, não saímos deste é e não é que acaba por ser mesmo!

Apontam-se dedos aos sentimentos de culpa que parecem, de repente, estar relacionados com o gene feminino, mas para mim, não passa de mais uma desculpa de "mau empregador"! Não é certamente porque se sente culpada que a mulher sai do emprego e vai brincar com os filhos ou ajuda-los a fazer os "deveres" enquanto o pai ainda (supostamente) se encontra a trabalhar; é porque o pai ganha mais que a mãe (regra geral mas há as excepções) e é logo aí, na letente discrimiação salarial que é tão gritante no nosso país que mais vale ficar o "papá" a trabalhar que a "mamã". Ainda que o "papá" possa não receber horas extra, porque se as receber já valem mais dinheiro que as da "mamã", certamente vai contar para aquele prémio de productividade que é sempre entregue ao sexo masculino ou, para aquela promoção que leva à obtenção de horários flexíveis ou a uma aumento, que é sempre bem vindo.

É evidente que o mal está na nossa mentalidade e não no gene feminino, mas enquanto virar-mos as costas a tudo isto, não conseguiremos endireitar o mundo para que a igualdade de direitos entre homens e mulheres seja uma realidade. Não me parece que os homens que se encontram entre os quadros superiores gostem de ser "estereotipados" como aqueles que não brincam com os filhos ou só o fazem ocasionalmente e, caso assim seja, deixem-me informarvos meus caros senhores, que estão a perder uma significativa parte da vossa existência, e que esta parte (justamente) é de uma beleza e complementariedade humana indescritiveis. Um filho é parte de vós também; se querem um conselho, não abdiquem dele!

Até que o facto da licença de parto deixe de ser estigma vão-se passar muitos anos, nem sei se será para os "filhos" dos pais desta geração, mas estou certa que um dia, no futuro, o obstáculo se ultrapassará. Até lá, resta-nos lutar por tudo de grande e belo que é ser mulher. Cabe-nos a todas nós mostrar que o gene feminino é uma benção e não um estigma. Ser mulher é ter o dom de colocar homens no mundo e isso, meu caros amigos e leitores, diz-nos tudo! Cada um sabe a dor e o prazer de ser o que é...

segunda-feira, junho 18, 2007

Casamentos na Câmara Municipal de Lisboa

Não estou a ver o motivo de tanto "arraial" (deve ser de estarmos na época dos Santos Populares), mas o que é certo é que António Costa aproveitou o mote do Santo casamenteiro e padroeiro de Lisboa para "bandeira" da sua campanha às intercalares em Lisboa. A ideia não é apenas a realização de casamentos homossexuais no Salão Nobre do edifício principal da C. M. Lisboa, contempla também a realização de casamentos civis entre heterossexuais . Como já se sabe, cada um puxa a brasa à sua sardinha e no final só se ouve falar dos casamentos entre homossexuais (onde o candidato da Nova Democracia se sente motivado a "pedir" esclarecimentos, como se alguma bandeira de campanha se prestasse a tanto).

Confesso que não deixa de ser uma ideia "colorida" para dar uso à bonita sede do poder autárquico alfacinha, mas não tem nada de mais, a meu ver; afinal já se pode casar nas escolas públicas todas e em todas as demais instalações onde possa ir um representante do Registo Civil realizar a cerimónia. António Costa poderia ter-se lembrado de outra qualquer localização no país, mas tendo em conta que é candidato à Câmara Municipal de Lisboa, faz sentido que seja dentro dos domínios da cidade à beira Tejo estendida.

É sem dúvida um ideia original, já estou a ver o Exmo. Sr. Presdidente da Câmara (António Costa) a fazer uma simpática "aparição" para dar a sua benção ao noivos e, ainda que assim seja, francamente, não estou a ver mal algum nisso. Por mim acho que sim, vamos para a frente com isto que ao menos somos motivo de destaque por razões "dos males de anto" ou, dos bens, que é o que esperamos que venha a ser.

Faleceu Gianfranco Ferre

Ferre foi sem dúvida um dos grandes nomes da moda do séc. XX e início do séc. XXI. Desde sexta feira que o estilista se encontrava internado após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), não tendo resistido aos danos causados, acabou por falecer. Podemos dizer o mundo da alta costura e a versão prêt-à-porter (da mesma) perderam umas mãos de génio.

Era arquitecto de formação (1944), acabou por abraçar mundo da moda (em 1970 com acessórios) e em 1974 abriu o seu próprio espaço em Itália.

Aqui fica uma humilde menção à sua memória com um magnífico vestido da última colecção de Ferre.

Puro Veneno citado no Público

Caros leitores e amigos, depois da emoção das 18.000 visitas e talvez como "prenda de aniversário" antecipada, sim que dia 25 de Junho o vosso Puro Veneno comemora 2 anos na blogosfera , o meu jornal de referência, que todos os dias compro religiosamente, tinha uma grande surpresa para mim. No suplemento P2 , na página 2, na "rubrica" Blogues em papel" que todos os dias leio, estava lá... Éramos NÓS caros leitores e amigos, eu e vós, citados! Um post inteiro! O post é de dia 16 de Junho: "RTP, Cavaco e o 10 de Junho"... Não tenho palavras para descrever a sensação! Depois de ver um post deste humilde blog no meu jornal de referência, tudo o que vos posso dizer é que daqui, é sempre a descer... Este foi sem dúvida o ponto mais alto!

Obrigado por este momento. Sinceramente, do fundo do coração do Veneno, este momento justificou estes dois anos de dedicação. Posso dizer que hoje um dos meus sonhos se tornou realidade. Bem hajam... Vou continuar a "envenenar" com a energia de sempre mas com uma motivação extra.

Obrigada ao Público e a todos vós, caros leitores e amigos, que não param de me dar razões para sorrir quando olho para o contador; todos vós justificam estes dois anos de trabalho! Convido-vos então a continuar a acompanhar-me nesta caminhada "pela estrada fora"; podem ter a certeza que é a vossa companhia que não me deixa esmorecer, desanimar, questionar a continuidade ou desistir!

Muito Obrigada!

p.s. - sinto-me como se a mulher invisivel dos "Fantastic 4" me tivesses criado um campo magnético de energia tão grande, cá dentro, que se crescesse mais um pouco rebentaria, de alegria e de "vaidade"! Agora entre nós, que ninguém nos ouve, até já virei para baixo a moldura onde coloquei o meu post pubicado pelo Público, com medo que o meu ego rebente!