Pelas piores razões! Muitas das acusações recentes que racaiem sobre o Líbano prendem-se com ataques a soldados israelitas, cuja justificação é a tentativa de troca, se é que se pode "chamar" assim. O objectivo é "trocar" os soldados israelitas por libaneses detidos do outro lado (Israel)! Não que se esteja a falra de "mercadoria para troca" porque falamos de gente, pessoas, iguais a cada um de nós. Quando entramos neste tipo de cenário e já morreu muita gente de parte a parte por uma causa, quase que nos deparamos com a "causa de todos os envolvidos", porque de um lado e de outro há famílias, há vítimas, há pessoas, há matança e há destruição. O Líbano transformou-se numa espécie de "sangria desatada"; quando não é por umarazão é por outra e bem vistas as coisas já não há razão e existem todas as razões.
Um povo sofrido deseja a "redenção", a paz e o fim do conflito mas, ao mesmo tempo, "lambe" as suas feridas, chora as suas vítimas e "veste um pouco a camisola" da causa porque sofre ou já sofreu. Deixam de existir os "inocentes" ou os "culpados", é quase o espiar de "pecados" duns e de outros. Não importa o que os levou tão "longe", importa sim perceber onde estão agora e porquê e esse talvez seja o "alimento" de que o conflito armado precisa.
Ontem, mais uma vez, a história escreveu-se em letras ensanguentadas, quando um coluna das forças de manutenção de paz da ONU foi vítima da explosão de um engenho explosivo à sua passagem junto da fronteira com Israel. Ao que parece, os autores não se querem dar a conhecer. Seis soldados da vizinha Espanha pereceram e outros três ficaram feridos; o que é um “balanço” trágico para um só país e num só dia. O Veneno aproveita para apresentar aqui as suas condolências aos nossos vizinhos espanhóis e às respectivas famílias das vítimas. Portugal é um país cujos antecedentes colonialistas levaram a conhecer a triste realidade das “armadilhas” e por mais fortes ou indiferentes que queiramos ser, choca-nos sempre que uma criança (sobretudo uma criança) ou um adulto é vítima de uma mina anti pessoal nas ex-colónias. Sabemos o quanto custa! Não podemos esquecer que tudo isto aconteceu a 50 metros do “raio de acção” dos portugueses no terreno, o que nos deve fazer levar as mãos à cabeça e pensar que por um triz não foram os nossos. O Líbano não se encontra em “alerta amarelo” por acaso; todo o cuidado é pouco (por mais precauções que se tomem há sempre uma margem de risco).
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