quarta-feira, junho 20, 2007

Portugal em Washington


Cristovão Colombo descobriu a América ao serviço da corte espanhola, mas nem por isso deixou de ser português. Agora que se inaugura um exposição em Washington D.C. que realça o contributo dos emigrantes portugueses nos Estados Unidos da América (EUA), denominada “Encompassing The Globe – Portugal Sec. XVI e XVII” e que reporta à primeira globalização, muita gente aponta o dedo e diz que continuamos a viver das glórias do passado, mas eu não penso assim. As imagens da torre de Belém no metro de Washington durante esta exposição, a mostra de vinhos portugueses (com provas e tudo), a exibição de filmes nacionais ou até a divulgação das obras de artes portuguesas são coisa do passado? Estão a acontecer hoje, logo são coisas do presente e do futuro. A montra das nossas “relíquias” fica no Museu e têm “actualidade” que tem toda e qualquer peça de Museu. O conflito que deu origem ao “Guernica” já terminou, mas a relevância da obra e o retratar de todo e qualquer conflito da mesma génese é inegável e intemporal; para não falar da imortalização do sentimento e do acontecimento Guerra Civil Espanhola. Assim é com as “jóias” da nação portuguesa que se encontram patentes ao público em Washington. Os móveis, os documentos históricos, os objectos decorativos e todos os demais incluídos na exposição são hoje “intemporais” porque a história, essa meus amigos, não muda!
Para mim só falta realmente divulgar mais os grandes feitos portugueses nos liceus americanos, para que não se confundam as “caravelas” portuguesas que levaram o mundo “ao mundo” com os galeões espanhóis; mas isso são “intempéries” da vizinhança latino americana. Sabiam que em Miami quase se pode dizer que se fala mais espanhol que inglês? E é um facto.

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