De tanto que já se ouviu, salta-me assim uma pergunta, daquelas que me assombra e creio que também assombra a maioria dos portugueses. Como é que Mariano Gago explica o facto de ver no novo Regime Jurídico do Ensino Superior qualquer forma de combate aos interesses instalados? A menos que se fale nos interesses instalados vigentes neste momento nas Universidades e que desagradem a outros interesses instaladas. Desde quando é que uma nomeação é mais “transparente” que uma eleição? Por trás de uma nomeação existem também interesses instalados, por mais correctos e dignos que eles sejam, uma vez que a sensibilidades de quem analisa currículos, suponde que até íamos pelos “créditos” apresentados, tende a preferir aquilo com que mais se identifica, tal como quem vota, mas creio que os votantes podem ter panos de fundo mais dispares que um núcleo duro por mais isento que este tente ser.
Reitores nomeados em vez de eleitos soa-me mais a “controlo” das Instituições de Ensino Superior do que propriamente a evolução e transparência numa luta contra interesses instalados.
Existem muitos outros pontos dignos de análise, mas este preocupa-me sinceramente, por mais nobres que sejam as intenções. Mariano Gago não fecha as portas ao debate, mas seria importante que ponderasse esta questão. Partindo do princípio da boa fé, temos que considerar que as boas fés que se seguem não são iguais às de quem se encontra neste momento no Governo; sim, porque creio que outros Governos virão e, com outras orientações político partidárias. Nada é para sempre… A menos que voltássemos aos tempos da ditadura e os actuais Ministros funcionariam como “perpétuos”… Aberrante não? Fora de conjectura, esperamos.
quinta-feira, junho 28, 2007
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