quinta-feira, junho 28, 2007

Censura a Correia de Campos

Lá está a "velha" questão dos mínimos a respeitar... Desta feita Correia de Campos foi de um tom jocoso (parece ser a palavra na ordem do dia) inadmissível. Então passa pela cabeça de alguém dizer que se dêem medicamentos fora de prazo aos “pobrezinhos”? Nem que seja em resposta a uma provocação. O Estado é uma pessoa de bem e o Sr. Ministro como seu representante não deve "descer" ao ponto de entrar nesses "arrufos" comezinhos. “Pobrezinho” do juízo é quem diz uma coisa destas, nem que seja a brincar! E se alguém que ouvisse o Sr. Ministro, até por falta de esclarecimento, pegasse num saco de medicamentos fora de prazo e os fosse entregar a alguém necessitado que os tomasse, tendo por consequência o adoecimento ou falecimento da pessoa? O que é que o Sr. Ministro Correia de Campos faria? Assumiria responsabilidades ou chamaria “louco” ao cidadão pouco esclarecido?

É grave fazer uma afirmação destas em público meu caro Ministro, pode ter consequenciais desastrosas. Ainda hoje de manhã vários cidadãos de idade quiseram entregar nas farmácias “donativos” (não lixo) fora de prazo! Há limites! Os doentes e os tais “pobrezinhos” (que estamos certos faz tudo ao seu alcance parar que deixem de o ser), podem sentir-se ofendidos na sua dignidade, e com razão. Estas ofensas são sempre mais graves da parte do Estado ou de um representante seu, que feitas por um simples cidadão anónimo; isto porque o primeiro tem responsabilidades sociais acrescidas.

Já agora o Ministro pode ser jocoso com uma significativa parela da população (os "pobrezinhos") sem que hajam consequências? E todos nós que nos sentimos mal com as afirmações do Sr. Ministro podemos exigir alguma justiça?

p.s. - Já agora, só se aceitam medicamento cuja toma cessou ou nem se iniciou, caso estes se encontrem dentro dos prazos de validade quer nas Farmácias, quer nas Organizações que aceitam donativos de Ajuda Medicamentosa; por favor note, não vale a pena levar os medicamentos se esta condição ou requisito não for cumprida.

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