Este ano é complicado falar no Santo António, segundo padroeiro de Lisboa, sem nos lembrar-mos do outro António, o candidato às Intercalares... Mas esse fica para depois. Para já vamos ficar com o que é Santo e, ao invés do que muitos pensam, para a Igreja, ele é Santo António de Pádua. Uma história longa, mas sinteticamente, após uma adolescência como a de todos os jovens, Fernando Martim de Bulhões e Taveira Azevedo (nome de baptismo de Santo António), de quinze anos, ingressa na ordem dos Franciscanos (onde muda o seu nome de baptismo para aquele com que vira a ser "eternizado") influenciado por pregadores que conhece em Coimbra, onde estudava. Uma das coisas que mais incomodava Fernando era o facto de em "miúdo", conjuntamente com os seus amigos, ter por hábito roubar fruto de árvores alheias pelo simples prazer da "maroteira" e não pela necessidade ou fome de a comer. Depois de muito se punir enquanto pensador e discípulo " dos Franciscanos, decide ingressar na vida religiosa. Na época tomavam-se decisões mais cedo, também se vivia bem menos, estamos cerca do ano de 1210, por isso não espantem.
Viveu e faleceu em Pádua, Itália, apesar de ter nascido português, segundo a doutrina católica o Santo pertence à terra onde falece e deixa as suas "relíquias", e não ao local que lhe serviu de berço. Por esta razão, todos os outros países de devoção católica, sobretudo dentro da Europa, referem-se a Santo António de Pádua e não de Lisboa. Isso apenas acontece em Portugal e nos países da lusofonia . Santo António é um Santo muito especial, basta dizer que é o caso de canonização mais "rápido" que a Igreja Católica alguma vez levou a cabo; "apenas" 11 meses e alguns dias após a sua morte, o que faz com que entre a data de falecimento e a de caninização não tenha passado, evidentemente, um ano sequer!
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