(Portela daqui a nada... Segundo Mário Lino)
Não deixa de ser um cenário estranho para uma negociata, o Campo de Tiro de Alcochete… Não sei se me convenciam! Ainda que com balas de borracha… Quem vai há “guerra” dá e leva, como diz o povo e o povo é sábio.
Logicamente que não se sentaram numa mesinha de ferro a tomar um chá em plena relvinha verde do Campo de Tiro, mas é uma coisa “barulhenta” para se ter ao meio de um projecto de papel. Como já sabem, por mim pode ser um aeroporto para o deserto, ajuda a combater a parca frequência de beduínos (segundo Mário Lino) e a controlar a entrada de camelos… É que andamos a tentar apurar a raça dos ditos.
Não tenho muita fé numa alternativa à OTA vir a concretizar-se como aeroporto, mas longe de mim querer ser fatalista. Continuo a achar muito estranho esta subtileza de espírito que vai durar uns meses e que vai ter em conta as possíveis alternativas à OTA. Quanto à opção Portela mais um, não tenho sequer uma réstia de esperança, mas ter um aeroporto no coração de Lisboa é uma vantagem para vários tipos de turismo. Não é só para o turismo de “chinela no pé” como se faz querer. Uma parcela do turismo grisalho endinheirado que vem do Norte da Europa (por exemplo) nem sequer pondera alugar carro, sai no centro da cidade e anda de táxi, já que os nossos restantes meios de transporte não são grande coisa. Não temos propriamente um interface rodoviário no aeroporto. Temos a estação de comboios do Parque das Nações (mais abaixo, leia-se “longe”), temos autocarros, “fogareiros” ávidos de uma boa bandeirada com “sight seeing” e má cara para percursos mais próximos, e com isto acabaram-se as alternativas; a menos que o transeunte queira ir a pé. Não vale a pena falar nas bicicletas que não há, também porque a cidade das sete colinas sobe e desce “que se farta”, mas ainda assim, há bons pedaços que poderiam ter percursos para ciclistas. Claro está que o turista pode sempre ir a pé dali para o Hotel, caso sejam dos que ficam no centro Parque das Nações e tenham “boa perna” (mas aí já trazem dinheiro, que aqueles hotéis não são propriamente tarimbas com casas de banho comuns…), de outra forma não vale a pena empreenderem a caminhada a pé, quando chegassem a Santa Apolónia já tinham chamado a polícia e solicitado o “repatriamento”!
O estudo da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) que despoletou a polémica e acabou por “revelar” alguns dos rostos responsáveis, que não sentiram necessidade de omitir o facto de serem empresários e de poderem realmente ter interesses na Margem Sul, contou com especialistas académicos reconhecidos que não “compactuariam” com qualquer espécie de “enredo” que pudesse colocar o seu bom nome em causa. Acredito que o estudo seja fidedigno e muito positivo, só não sei se será, “contas feitas” produtivo, uma vez que sem fundos europeus é difícil acreditar que a OTA fosse a solução.
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