(Pearl Jam - Black)
Uma cartaz fortíssimo, bom tempo, no "coração" da cidade, o rio por pano de fundo e, uma estreia no circuito dos festivais de Verão. Muitos de vós, tal como eu (seus dinossauros...) ainda são do tempo em que víamos a MTV e sonhávamos com esses grandes acontecimentos europeus que eram os festivais de Verão e que, por sinal, jamais cá chegariam ...
Quando chegava ao meio de Maio já passavam os cartazes das grandes captais europeias que acolhiam os festivais e viviam a música em pleno. Os que tinham a MTV América, sim... Nem todos tinham a Europa (Inglaterra na altura), também ouviam apregoar as sonantes glórias musicais por terras do Tio Sam e roíam as unhas de inveja. Acho que agora os jovens roem menos as unhas porque têm coisas melhores para fazer, no meu tempo parecia uma praga... Não veio nem a propósito, mas valeu pela intenção de elogiar a nova geração que anima estes festivais que hoje se realizam em Portugal.
Começámos bem, com festivais espalhados por todo o país, parques para tendas, todo e qualquer quarto da "zona" esgotado, música e mais músicas, cartazes interessantes (ou na época quase tudo parecia interessante...) e chegámos aos dias de hoje, em que até temos uma edição do Maior Festival do Mundo, o Rock in Rio e curiosamente, antes dos espanhóis o terem... Só para o ano se realizará por terras de Espanha também, mas a nossa edição não há-de faltar e o nosso cartaz há-de arrasar com o dos espanhóis...
Este ano diria que há cartazes muito fraquinhos por aí, sem qualquer atracção musical que arraste multidões. Do meu ponto de vista, até o Super Bock Super Rock vai de mal a pior. Este Oeiras Alive era sem dúvida a maior aposta e o melhor em termos de música; até porque, juntar os Linkin Park e os Pearl Jam numa só noite é obra! Já tinha tido a oportunidade de ouvir os Pearl Jam em Portugal e posso assegurar que foi um concerto bem melhor que aquele que ontem vi, apesar de o de ontem ter sido muito bom mesmo. Os jovens Linkin Park, com 3 albuns no mercado e muito ainda para dar surpreenderam mais que pela positiva. Confesso que sou fã tanto de Pearl Jam como de Linkin Park e fiquei rendida aos "miúdos" e aos mais "cotas"; cada um no seu estilo, evidentemente.
Quanto a Linkin Park o Crawling foi o "Hino" da noite, a concorrer com o famoso "In The End". Toda a actuação foi marcada por uma postura contida e irreverente, a mostrar que não é preciso ultrapassar os limites "à força", se o "artista" for bom, eles caem pacificamente, por si.
Os Pearl Jam repassaram alguns dos grandes êxitos de sempre, como o Alive ou Black. Do meu ponto de vista e, como sempre, ficou o "Jeremy" por tocar, mas não se pode ter tudo! Tivemos também um pequeno momento de "vingança" por termos que levar com os espanhóis todos os dias, mesmo ali, do outro lado da fronteira. Não vou citar, fica com os que por lá passaram... Boa Eddie!
O bilhete, apesar decaro, valeu bem a pena. Este festival até valia bem o passe de três dias, mas deixo essas coisas para os mais jovens que ainda têm pés e pernas para tanto, que ao fim de uma noite já doem. O recinto não era tão empoeirado como por exemplo o do Rock in Rio, contudo, antes de se iniciarem os dois grandes concertos da noite, rente ao palco, havia sempre "duche" de água fria, para manter a terra que se levantava do chão dentro dos limites admissíveis. A área de restauração, apesar dos anunciados 21 m2 estava repleta dos já costumeiros hamburgers e cachorros, gelados eram poucos e não eram os melhores (opção da Olá) e muita cerveja, Sagres, até mais não... Não vislumbrei quaisquer mal entendidos ou "problemas" de maior. No final, aquele detalhe de sempre... os pais nos carros à espera das suas "crias", muitos preocupados, com ar de quem estava prestes a dar-lhe uma coisinha "má" caso aquele "barulheira" não acabsse depressa e não pudessem ver imediatamente os seus "bebés". Acho muito bem, pelo menos de "desleixo ninguém nos acusa"... Somos dos melhores do mundo enquanto pais e não somos pais galinhas, somos pais.
(Linkin Park - Crawling)
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