Venho soltar um grito de revolta... Não se trata de tornar o aborto legal ou obrigar seja quem for a abortar. Só aborta quem não tem outra opção. Ninguém está a referendar o valor de uma vida nem o acto de abortar em sim, está-se sim, a referendar a DESPENALIZAÇÃO da Interrupção Voluntária da Gravidez; apenas e só isso. Só estamos a referendar se as mulheres devem ir para a cadeia ou não caso interrompam voluntáriamente uma gravidez até às 10 semanas e, para os mais púdicos, não se deixem levar pelos vídeos que circulam na internet e afins, até às dez semanas não é nada daquilo que se vê ali, é com comprimidos apenas e só.
Já agora e a quem possa interessar, a experiência Dinamarquesa mostra bons resultados com a Despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez, a taxa de baixou com a despenalização.
Um país com as estruturas sociais e de acompanhamento para gestante como a Dinamarca consegue encontrar aletrnativas ao desespero e ao 'abandono'. Existem lares para mulheres divorciadas e mães solteiras bem como estruturas de acompanhamento de inserção destas mulheres no mercado de trabalho. O facto é que na Dinamarca as mulheres ( e todos os outros jovens independentemente so sexo) enquanto estudantes recebem uma pensão que lhes permite sobreviver e combinada com os apoios pré e pós Natal destes lares e Instituições de caridade e solidariedade social não precisam de abadonar os estudos, por exemplo.
Uma gravidez lá é sinónimo de muita coisa em troca de nove meses num ventre. Por cá ficariamos apenas com a possibilidade de com o apoio médico e psicológico adequado se evitarem alguns aborto bem como acabaríamos com a vergonha e a penúria das mulheres forçadas a recorrer à clandestinidade, enriquecendo quem não merece. Acabaríamos também com muitas despesas de saúde em virtude de interrupções mal feitas e sequelas físicas e psicológicas das mesmas.
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