domingo, abril 15, 2007

Questão PNR

(Imigrantes italianos a caminho do Brasil, e esta, sabiam? Aposto que não... O povo que teve esses regimes idiotas também emigrou... Mas não precisam ir tão longe, nós somos uma pátria de emigrantes.)

E eis que a imprensa dá atenção a isto... Não bastava a existência desta coisa se não ainda ser publicitada! Por favor, senhores dos media, parem... Ignorem esta coisa porque se têm obtido visibilidade é graças a vós e acreditem, ninguém quer, de forma alguma, a existência deste tipo de coisa. Coisa porquê, perguntam-se certamente... Bem porque não encontro outra designação. De facto não são nenhuma ameaça nacional, ninguém quer saber deles e não contam para nada, mas os senhores jornalistas fazem questão que a coisa 'mude' ligeiramente e que, pelo menos, seja 'badalada'. Eu por mim, chamem-me 'lápis azul', prefiro que fiquem onde estão, esquecidos e entregues a eles próprios .

Já agora, quem é que nos dias que correm, pode desistir de um curso no último ano para iniciar outro? Pois... De certo tem muito (dinheiro) para estragar e nada para fazer... Dá que pensar não dá? São estes casos de jovens que não são obrigados a 'provar' a vida que se entretêm nos livros de história a cultivar ideias absurdas, coisa que nenhum outro jovem tem tempo para fazer. Os outros jovens têm que aproveitar o tempo a cultivar-se nos livros com ideias úteis e que lhes permitam estudar, trabalhar e viver, sustentando-se a eles próprios. Geralmente, há tarefas de casa, há trabalho e outras oportunidades de fazer alguma coisa construtiva e de futuro, porque do passado ninguém vive e, os fascismo não voltam com a salvaguarda que em Portugal, especificamente, nunca 'existiu' própriamente um fascismo, nem nos tempos de Salazar (cujos historiadores têm dificuldade em catalogar como fascismo), que por factos bem óbvios, não pode ser o mentor espiritual desta 'salada russa' anti imigração que por aí anda.

Já agora, se por acaso tivessem lido bem os manuais de histórias, tinham visto o fácil que era culpar os prósperos judeus da calamidade social que se viveu na Alemanha nazi do pós primeira guerra mundial. Era tão simples que eu diria que o próprio Hitler não resistiu ! Em vez de encarar o desemprego dos ex-combatentes e a degeneração que o conflito provocou a nível social, físico e psicológico , era mais prático dizer que os judeus roubavam a prosperidade à grande nação alemã. Quanto ao fascismo italiano, sem grandes coisas que se diga acerca dele, aparece nos manuais de história como a maior tristeza da história, sem qualquer ambição prática ou objectivo, era simplesmente qualquer coisa 'estúpida' que acontecia por ali, criada por um frustrado professor primário, no nosso país há muitos que se poderiam candidatar ao cargo....

Já que se auto proclamam letrados, já tiveram a oportunidade, com certeza, de verificar os interessantes estudo Académicos que têm sido levados a cabo acerca da imigração e da emigração. Já devem ter tido a oportunidade de perceber que as primeiras gerações de emigrantes, que é o que recebemos cá, porque como país não temos 'mercado' para mais que isso... Culpa nossa... Vêm desempenhar as tarefas que nos recusamos... Alguns chegaram a algum lado, outros não irão a lado nenhum! Coisas da vida. Ninguém disse que era fácil. Mas não são de certo estes que roubam o lugar seja a quem for. Eles estão apenas a aproveitar as sobras. Outro tipo de imigração, bem mais interessante, nós nem a conseguimos atrair e, além do mais, não tirariam nada que fosse nosso, apenas ficariam com o que têm direito, por mérito próprio.

Espero que nenhum de vós tenha uma estante da IKEA ou um porta chaves feito na China, muito menos ténis de marca ou, sequer, tenha provado um hambúrguer dos McDonalds! Sejam humildes suas carapaças de tartaruga... Não viram o dia de amanhã, não sabem quantos filhos vão ter, não sabem quantos deles irão emigrar e ser imigrantes nos países de acolhimento, não sabem como se vão integrar , mas saberão, certamente, que gente a agir como estão a agir agora seriam, no mínimo, aos vossos olhos paternais, tiranos, cruéis, indesejáveis e, escumalha, da pior gentinha que há! Tenham bom senso, sobretudo. Não atirem hoje as pedradas que não querem receber de volta amanhã.

Quanto ao cartaz que diz que as ideias não se apagam, só posso dizer que é um facto. Mas não se fiem muito nisso... Porque contra certos factos que não são de facto, factos, há argumentos, muitos e bons. Como estou certa que gostam de ser respeitados nas vossas opiniões e ideias, estão delirantes por respeitar a minha opinião sobre vós! Fico contentíssima e, já agora, não continuem.

Nota de rodapé: leiam 'A Mafalda' de Quino, é uma brilhante 'história de vida'! Há lá muito para aprender; por exemplo! Talvez com imagens e quadradinhos a coisa seja menos 'secante' e leiam até ao fim, sem tirar conclusões distorcidas e precipitadas!

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