Salazar não tem nada a ver com o cartaz do PNR

Gostava muito de esclarecer uma pequena e maldosa confusão que se tem gerado e criado neste últimos dias. Salazar nunca defendeu ideais rácicos ou xenófobos, muito pelo contrário, uma vez que Portugal era um país colonialista e com as suas colónias em terras de gentes rácicamente bem diferentes de nós e, até entre si, a necessidade de enquadrar as possessões ultramarinas na nossa realidade quotidiana levaram a que Salazar sempre tenha defendido uma política de multiracialidade e multiculturalidade.

Essse tal de PNR anda um pouco distraído com essa coisa complicada que é a história... Vamos lá a ver, eles são uma partido nazi, que só estaria bem num qualquer gueto xenófobo e racista alemão. Quanto a isso estamos certos. Não há qualquer ligação entre o Estado Novo e a triste ideologia deste partido de palhaços e coisas rafeiras. Podem ter perdido o 'medo' de colocar um cartaz na rua, mas todo o restante medo permanece lá e, se há uma coisa que a avida nos ensina é que não se pode viver com medo, nem do medo. Qualquer das formas, repor a verdade dos factos e a verdade histórica é uma necessidade.

Não faz qualquer sentido, nos colonizamos na Índia, no Oriente, em África, na América do Sul... Não faz qualquer sentido tentar impingir aos cidadãos nacionais um cartaz deste tipo e muito menos uma ideologia triste destas... Ou por acaso os senhores do PNR querem vir para as casas dos cidadãos de classe média limpar no lugar dos tais imigrantes que tanto condenam? Se calhar querem ir para as obras, calejar as mãos e ganhar respeito pelos imigrantes que lá trabalham... Por mim condenava-os a seis meses de trabalho 'típico' de emigrante recém chegado, não era preciso mais... Acho que iam a Fátima a pé pedir perdão por esse triste cartaz e por todos os pensamento que difundiram e alguma vez tiveram em relação à imigração! Lá está, eu tenho um lado um pouco maldoso... Se eu mandasse eles arrependiam-se! Está claro que respeito a democracia e os ideias democráticos, mas felizmente, o limite dos direitos de cada um de nós é o início da 'esfera' de direito de todas as outras pessoas. Vivemos em sociedade, certo?