Agora sim que isto vai ser giro, com o encurtar dos prazos para tudo e mais alguma que tenha a ver com o processo penal, vai ser uma alegria à frente das grades, e não atrás, como era dantes. Mas para quê falar nos tempos da "outra senhora" que se acabaram? Os novos prazos previstos no código penal, cujo objectivo era dar celeridade à Justiça portuguesa, creio eu, vão acabar por servir de carta de alforria a um sem número de "quase condenados". É bem certo que não concordo com a prisão preventiva "ad eternum", mas não é por isso que os investigadores trabalham mais depressa, que as testemunhas depõem melhor, ou que os senhores agentes das polícias correm mais atrás dos criminosos.
A função destes funcionários públicos não se esgota quando é feita justiça , esgota-se quando a pena é totalmente cumprida, e os ex-malfeitores são devolvidos à sociedade, de dívidas saldadas com esta, ou não... Não há forma de um homicida restituir coisa alguma à sociedade. Também não gosto do conceito de estarem para ali feitos "larvas", sem trabalho, sem qualquer exigência de vida o dia todo, confinados à cela, com luxos de cama comida e roupa lavada, isso quando muito causa-lhes um "estranho" sentimento de gratidão, sendo que alguns, cá fora, nem isso têm!
Eu acho que devemos ter reclusos, mas reclusos que trabalhem, estudem, sejam activos e contribuam para o produto interno bruto... Assim sendo, ou têm idade para isso e estudam, que nas páginas dos livros escolares há um todo de lições de vida por aprender, e um universo a explorar, ou trabalham, para a comunidade em geral, que tão graciosamente deixará de ter que pagar as continhas desta malta toda, que é mais que muita.
Acho muito bem que tenham férias, feriados e dias santos, em conformidade com o resto da população, sendo que as férias permitem passar os dias na biblioteca, num qualquer espaço de desporto, a ver filmes... Porque aí terão fundos de maneio para melhorar as condições de vida da classe reclusa. Como eu sempre digo, nunca se põe nada bem... E esta reforma "da treta" não serve a ninguém, nem à justiça nem à sociedade, quando muito, agrada aos criminosos coitadinhos!
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