domingo, agosto 19, 2007

Polémico... Mas verdade!



Já vi que há alguns caros leitores e amigos que advogam pelo não à Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) até às 10 semanas, a pedido da mulher, mas ainda me consigo espantar... Então não há alguém, a quem desde já agradeço o comentário, que me fala em subjugação conjugal? Pergunto-me eu, Puro veneno, o que é que o "cu" (perdoem-me a expressão) tem a ver com as calças? A mulher não ser obrigada a ter um filho "acidental" só ajuda ao fim do jugo masculino, ou será que esta cara leitora ou amiga não conhece um só caso de uma mulher que ficou "presa" num irresponsabilidade e a depender de um "marido" que a tem entre quatro paredes para robot doméstico, e que sai com os amigos/as, anda por aí e nem cartão lhe passa? Se esta mulher fosse sozinha, podia pegar na malinha e ir à aventura, mas com um filho nos braços a coisa pia mais fino... Quando a criança chorar com fome, a mãe "morre", ou pelo menos eu como mãe "morreria".

Ir às compras, comprar casa, encher o frigorífico, cozinhas, passar a ferro e fazer bebés, bem como educar e criar os mesmos são tarefas a dois, e nos dias que correm, se a outra metade não corresponder, e a mulher puder viver por si, ela vai á sua vidinha... Não há necessidade desse drama todo!

Já que me perguntam, eu acho que se os homens engravidassem eles praticavam muito menos sexo... As cabeças deles são um mundo bem mais complexo que as nossas, e qualquer mulher que tenha namorado sabe do que estou a falar, nem precisamos de falar do universo das esposas. Se por acaso eles engravidassem, jamais falariam contra o aborto como falam, contudo, como este é um mundo de homens, não precisamos pensar muito, eles tratariam de liberalizar o aborto até ao final das 36 semanas de gestação, tal e qual o caso inglês... Mas se não o pudessem fazer... Abstinência!

Quanto há relação entre bens materiais e filhos, ora bem... Aqui está o mais interessante, quem mais bens materiais pode ter, e mais viagens fazer, menos se incomodar com o número de filhos a ter. Se eu tiver que me sacrificar para ter um frigorífico pequeno, estou numa situação, se eu resolver comprar um com plasma, torneirinha na parede para o gelo, congelador extra grande e muita coisa mais... Eu provavelmente não me vou preocupar se tenho 3 filhos a usar todos os dias estas funcionalidades todas da feliz vida moderna... Já se eu tiver um pobre frigorífico mal recheado, vou ter uma grande dor de cabeça para dar de comer a um filho! O problema coloca-se justamente do outro lado da "barricada"!

A minha opinião não muda nem um milímetro. Feliz hora aquela em que nós mulheres passámos a poder decidir acerca do nosso futuro e do dos nossos filhos, que têm direito a ser amados e desejados, não merecem ficar no sofá enquanto o pai vai passear, ou ficar a olhar para a sopa e a pensar num bife. A felicidade é feita de pequenos nadas, mas caros "adeptos" do não, experimentem lá ir ouvir um discurso político pelo não com a barriguinha a dar horas... Muitas horas... Nem têm paciência para ouvir falar! O materialismos, que é capaz de ser uma das palavras mais socialistas e comunistas que conheço, nos nossos dias, transformou-se numa "necessidade", e ninguém tem o direito de pedir a uma mulher que dê à luz uma criança para andar descalça, ou para ver todos os dias as montras das lojas onde não pode entrar, porque não tem dinheiro para comprar lá nada. Não é fácil ouvir um filho pedir um bolo e só ter dinheiro para comprar pão. Nem só de pão vive o Homem, e eu, reservo-me o direito ao bem estar e ao materialismo da prole. Não vale a pena ter filhos revoltados, "castigados" e mal amados, já não vivemos na "época das trevas", para obrigar-mos um ser que não pediu para nascer, a passar por isso.

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