quarta-feira, maio 16, 2007

António Costa e as Intercalares

António Costa já previa esta "onda" de "calor" acerca do seu abandono do Governo; sobretudo quando até José Socrates forçou algum entusiasmo com a candidatura à Câmara Municipal de Lisboa, mas não deveria estar a sentir nenhum. Parece que a época oficial dos "incêndios" foi "aberta" na esfera política nacional, com dedos rispidamente apontados a António Costa que sai do Governo. Uns dizem que na momento de por em prática um combate aos fogos eficiente, de concretizar tarefas de Administração Interna, o "timoneiro" passa o "leme".

Sabemos que é sempre delicado, mas foi de certo modo uma decisão acertada. António Costa tem já certa a vitória nas intercalares para a C.M. Lisboa, sobretudo porque a laranjeira "parui" uma laranja verde e sem sumo, Fernando Negrão. Não que o PSD tivesse alguma aspiração a ganhar a Câmara de Lisboa, mas pelo menos poderia fazer de conta que ainda acredita (esta postura é o descrédito total de um Partido); mas já me esquecia que o líder da oposição simplesmente não existe, parece uma figura saída de um cartoon.

Mesmo com Roseta a imitar o seu "poeta" de eleição, Carmona acaba por estar a pedalar em contra mão (para o PSD, claro) e a funcionar como co-adjuvante da candidatura de António Costa, roubando muitos votos ao PSD. Parece-me bem, sobretudo porque neste caso, além do plutão, o único em fuga, na frente das intercalares será António Costa. O candidato do PCP apenas aspira a um mandato como vereador, bem como Roseta ou Carmona. Não sabemos se o CDS-PP apresentará alguém à C.M.L., mas será uma perda se não o fizer, porque além de dividir ainda um pouco (ou nada) os votos à direita, ainda consegue animar as festas populares e os mercados lisboetas com uma banca de beijinhos. Seria um momento único no panorâma político nacional; até as sardinhas assadas estariam em risco de serem alvo do líder do CDS-PP!

António Costa acaba por ser a garantia de que a maior Autarquia portuguesa volta para as mãos dos socialista e, apazigua os ânimos exaltados pelas últimas Autarquicas. Não será certamente por António Costa ser o Ministro da Administração interna que o país arde mais ou menos, ou que o combate às chamas é mais ou menos eficaz, Costa não é bombeiro. As medidas a tomar para fins de prevenção serão tomadas, porque neste momento, o seu scessor terá que dar continuidade ao plano já traçado, por falta de tempo para criar um novo. Podemos continuar a tentar fazer crêr que a culpa será de António Costa porque um eventual pirómano poderia ser seu apoiante político e não atear fogos se por acaso António Costa fosse Ministro da Administração Interna; não me passa pela ideia minimizar um fogo, mas também não me passa pela cabeça o cenário do simptizante pirómano, por isso, meu caros amigos e leitores, não acredito na versão de que a saida de Costa poderá ser nociva para o país. Acredito sim que, pelo facto de deixamos de contar com António Costa como Ministro o Governo fique mais pobre, mas creio que o substituto se mostrará à altura do voto de confiança que recebeu; apesar de não existirem, evidentemente, duas pessoas iguais. Por outro lado todo o país sai beneficiado, pois a capital necessita de uma boa gestão autárquica, sendo impensável que continue neste desgoverno. Não podemos ignorar que o factor que mais "denegriu" a imagem de Santana Lopes foi justamente o que acabou por aparecer, contas feitas, como o melhor de Carmona: o Túnel do Marquês; ora isto deveria ser inadmissível. Não há qualquer possibilidade de manter Lisboa neste pântano político. Sem dúvida que Lisboa fica a ganhar com António Costa na Autarquia.

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