(o medo que leva ao tédio)
Mais uma vez Governo e sindicatos não chegam a um consenso relativamente aos números da greve. Para o Governo nunca ninguém adere às greves, para os Sindicatos só os gatos e os cães é que não aderiram... O grande problemas é a disparidade dos números. Se antigamente as diferenças resumiam-se a uns quantos pontos percentuais e facilmente depreendíamos que a verdade estava algures ali no meio, num doa como hoje, em que o Governo fala numa adesão de 13% e a CGTP de 47%... Não há como saber onde pára a verdade.
É normal que Governo desvalorize a luta laboral, tal como é normal que os Sindicatos estejam a empolar a realidade. O grande problema é a leitura que o Governo faz desta adesão parcial à greve, que não provocando uma paralisia " do país não é uma Greve Geral... O Governo diz que os trabalhadores não "entendem"esta Greve e os motivos que levam à realização da mesma, mas neste caso, falamos de um cego que não quer ver... A verdade é que as pessoas têm medo de perder o seu posto de trabalho e também de represálias no seu futuro profissional, uma vez que, até os nomes dos grevistas são dados a conhecer, tal e qual os nomes dos judeus alemães a Hitler! Isto já nos diz tudo. Após o 25 de Abril realizaram-se diversas greves, mas não há memória que alguma vez tenham sido solicitados os nomes de quem aderiu, apenas os números eram alvo de recolha e divulgação. Este realidade aplica-se não só à Administração Pública mas também aos privados, onde o risco de levar avante uma posição de greve é sempre maior para o trabalhador, uma vez que as consequências podem vir a ser sentidas muito mais depressa e com muito maior incidência (se é que me faço entender).
Este é o Estado a que chegámos... Pelo menos por cá ainda não se fecham as televisões privadas nem por cabo; se bem que pelo "andar da carruagem"... Podemos começar a temer estes "fascistas".
p.s. - digam-me lá se alguém acredita que um só daqueles trabalhadores que está em risco de perder o emprego na C.M. Lisboa fez greve? Eu acho que não!
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