Lá terá que ser... Digamos que Marques Mendes faz o favor de não me deixar outra opção! Noutros tempos encontraríamos o dito senhor no Chiado, e poderíamos corre-lo, por via da “justiça popular”, à bengalada, com a nossa própria bengala. Poderíamos atirar-lhe uma bonita luva, em sinal de desafio; mas para felicidade de muitos como Marques Mendes, os tempos mudaram e com eles os hábitos.
Quando alguém se sentia ofendido na sua dignidade podia despontar um duelo, vingar-se ou tentar “limpar” a sua honra. Não acredito que ninguém se sinta minimamente incomodado com as últimas noticias acerca desta pequena, e cada vez mais diminuta, figura do panorama nacional.
Que Marques Mendes tenha as suas toupeiras, enfiadas nos “túneis” deste país, que adore brincar ao faz de conta (que é líder da oposição, que subitamente não existe), que se entretenha a trocar uns arguidos por outros nos cargos públicos (perdendo inclusive a maior autarquia do país, facto pelo qual ainda não tive a oportunidade de agradecer a Marques Mendes, mas aproveito agora para o fazer), que seja um verdadeiro porta chaves com pretensões a saca rolhas, que adore ser o bobo da corte, por mim, tudo bem; desde que, cumpra com as suas obrigações fiscais como todos os outro “mortais” que habitam a pacata nação de D. Afonso Henriques.
Então além de meter cunhas ainda por cima não paga impostos, ou pelo menos não os paga todos? Mas que raio de país é este? Vamos lá meus caros senhores da administração fiscal, façam alguma coisa! Ainda por cima são contribuições para a Segurança social… Que está quase na “banca rota”… Dos tempos da Universidade Atlântica, ainda… Será que não teve tempo para passar pela fila da Segurança Social nem na loja do cidadão? Então conclua que não há funcionários públicos a mais, perceba antes que andam a desempenhar as “tarefas” erradas!
Sugiro mesmo que quem não cumpra exemplarmente com as suas obrigações fiscais seja impedido de aceder a todo e qualquer tido de cargo público, desde Presidente da República, Primeiro-ministro, deputado ou até mesmo ao nível das Autarquias locais. Presentemente é menos importante ter votado sempre, respondendo perante os seus deveres de cidadão democrata, do que ter ou não pago todos os seus impostos. As leis estão desactualizadas, caros leitoras e amigos, já não faz sentido ter que votar sempre para poder chegar aos dois cargos mais importantes da nação, faz sentido, sim, ter cumprido sempre para com as obrigações fiscais. Obrigue-se apenas a 95% de cumprimento enquanto votante (nos diferentes actos eleitorais), e faça-se a justiça com base naquilo que “dói” a todos; não que não votar, em última instancia, não cause “dor”, mas normalmente nas margens de que falamos no nosso país…
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