Ontem, enquanto esperava e desesperava, juntamente com outras centenas de cidadãos, que o trânsito acumulado na Av. 24 de Julho, em Lisboa (por volta das 17:30) me deixasse passar, comecei a ser incomodada por uma barulheira descomunal… Uma amálgama de sons “pimba”, difundidos por um altifalante “meio rouco, meio fanhoso” e que num primeiro momento julguei provir de algum carro ao meu lado ou mesmo junto a mim (atrás ou á frente) e que instantes depois percebi ser uma “caravana” de campanha, onde provavelmente tentavam fazer soar algum hino… Fechei os vidros e concentrei-me no triste espectáculo: uma enorme plataforma com meia dúzia de gatos-pingados (e acreditem que meia dúzia é exagero meu), que abanavam bandeiras por Carmona e gesticulavam freneticamente em acenos à “populaça local”. Alguns elementos, nitidamente mais eufóricos que outros, respondiam aos olhares dos automobilistas com um entoar empenhado da incompreensível melodia. Dei por mim a rir a “bandeiras despregadas”; tal era o insólito da situação de natureza “não política” (segundo Carmona)... É nisto que dá a independência “excessiva” sem as “jotas” dos partidos a apoiarem; pensei para mim.
Mais tarde vim a saber que Carmona estava exactamente no antigo e saudoso mercado 24 de Julho (também com poucos "idosos" na claque de apoio), a rodopiar no salão com uma simpática velhinha e, a cumprir com o que é aconselhável segundo os promotores de imagem: interagir com os eleitores. Acompanhado por Rui de Carvalho, que mais parecia ensaiado para mais uma subida ao palco do “Rei Lear”, que gritava a plenos pulmões e de forma “gereatrico-convincente” (passo a citar): -“Carmona é que é!”. Não fossem os lamentos pela recente descontinuidade dos chás dançantes para a terceira idade, por parte do executivo camarário, sem qualquer fundamentação a não ser um “vocês sabem porquê” eu até pensaria que Rui de Carvalho é que era o candidato independente apoiado por Carmona; tal era a inércia de um e o empenho do outro!
Mais tarde vim a saber que Carmona estava exactamente no antigo e saudoso mercado 24 de Julho (também com poucos "idosos" na claque de apoio), a rodopiar no salão com uma simpática velhinha e, a cumprir com o que é aconselhável segundo os promotores de imagem: interagir com os eleitores. Acompanhado por Rui de Carvalho, que mais parecia ensaiado para mais uma subida ao palco do “Rei Lear”, que gritava a plenos pulmões e de forma “gereatrico-convincente” (passo a citar): -“Carmona é que é!”. Não fossem os lamentos pela recente descontinuidade dos chás dançantes para a terceira idade, por parte do executivo camarário, sem qualquer fundamentação a não ser um “vocês sabem porquê” eu até pensaria que Rui de Carvalho é que era o candidato independente apoiado por Carmona; tal era a inércia de um e o empenho do outro!
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