segunda-feira, julho 09, 2007

Inaugurada a Ponte da Lezíria


E foi num belo domingo de Julho que a famosa “ponte para o futuro” foi inaugurada, deixando o Norte 25 minutos mais perto do Sul de Portugal. O Primeiro-ministro apareceu por lá, com toda a pompa que a circunstancia que a ocasião requer, mas infelizmente deixou “estalar o verniz todo”… Tudo corria bem, comensais eram mais que muitos (sendo preciso uma tenda para albergar a “corte”), o fato do Primeiro Ministro era de mau gosto como de costume, cinzento rato, com um gravata que nem ficava ali nada bem… Nada de diferente do costumeiro; a não ser por um grupo de campinos, vestidos, perfilados nas costas dos seus cavalos, que esperavam um cumprimento que fosse… José Sócrates nem os cumprimentaria se não fosse o pronto e mais que muito útil conselho dado por uma voz que lhe dizia: “cumprimente os campinos”.
A expressão do Primeiro-ministro não foi vista, mas o conselho foi providencial… O alimento preferido do político são as “massas”, mas José Sócrates pareceu-me estar à dieta; talvez ande a tentar evitar os hidratos de carbono, sabe-se lá! O que é facto é que até a “populaça” ficou “revolta” com a ausência do Primeiro-ministro na parte do dia em que os festejos se destinavam ao gáudio do “Zé-povinho” e protestou junto da comunicação social. Fosse qual fosse a razão, começo a achar que o grande desgosto de Sócrates é não ter um “Kremlin” só para si. Mas meu caro Primeiro-ministro deixei-me adiantar-lhe que até os Reis quando se deslocavam no país ficavam pelas casas (escolhidas a dedo, evidentemente) que se lhe apresentavam nos caminhos, existindo uma lei que obrigava o cidadão a dar guarida à realeza. Talvez Sócrates seja apoiante de Francisco José de Carvalho e Melo, mais conhecido por Marquês de Pombal, e gosto de recitar para si própria a máxima deste “todo pelo povo, mas sem o povo”; o problema é que nos dias que correm, sem absolutismo régio e numa democracia a ideia é capaz de não ser lá muito bem aceite. Também falamos cada vez menos numa democracia, 33 anos o 25 de Abril de 1974… Apetece-me dizer “este é o Estado a que chegámos”!

Sem comentários: