sábado, julho 07, 2007

Para Grandes males...

Grandes remédios... As maternidades afastaram-se das parturientes nas localidades mais afastadas dos grandes centros urbanos. Em Lisboa ou no Porto o mais grave que pode acontecer é a parturiente demorar mis uns minutinhos ou menos uns minutinhos devido ao transito nas principais artérias da cidade; já nas zonas afastadas como Vila Real, não há como vencer os 45 min. que afastam a mãe e o bebé do Hospital; mas ainda assim não vamos desistir; certo?
Uma boa solução é ter muitos filhos: 5 ou 6 ou mais... No caso de ser o primeiro filho todo o cuidado é pouco e não há solução alguma mas, para as parturientes mais experientes a "coisa" muda de figura, afinal sempre podem ajudar os bombeiros e ir dando algumas indicações porque já "fala a voz da experiência"; acho que vamos passar a ser o primeiro país da União Europeia onde as grávidas e parturientes colaboram no próprio parto com qualquer que seja a pessoa que assume a figura de parteira/o.
Existem situações onde os bombeiros que se encontram na ambulância não têm qualquer preparação para realizar partos. Em toda a parte foram-se recebendo umas luzes, mas isso só é suficientes para os casos em que os partos correm bem e não há qualquer tipo de complicações. Já se viu alguma país desenvolvido onde tripulantes de ambulância levem kits de parto consigo e nada mais? Pois é, é o nosso caso. O grande problema é que no dia em que correr mal já é tarde demais para evitar o pior e não há mulher alguma que mereça uma coisa destas. O desrespeito é tão grande que demonstra que os direitos das mulheres e sobretudo das mulheres grávidas em Portugal são tudo menos direitos.
Não se admite que morra uma só mulher por falta de assistência no parto nos dias de hoje e muito menos saberemos lidar com isso se for a esposa, a irmã, a mãe, a tia, a neta, ou a prima de qualquer um de nós... Ai podemos revoltar-nos e exigir explicações, mas a verdade é que quando íamos a tempo ficamos sentados na plateia, de espectadores. Há que fazer alguma coisa, nem que seja garantir que todas as ambulâncias que socorrem grávidas ou parturientes levam um especialista preparado para intervir quando as coisas não correm bem.

Sem comentários: