E porque o Primeiro de Maio é justamente o dia (mundial) do trabalhador, por todo o mundo, de modo geral, vamos assistindo a manifestações e protestos da classe laboral. Como podemos imaginar, quem se manifesta integra a parcela que realmente trabalha e não a que "mete a mão na massa".
Nesta segunda vertente laboral, a dos que "metem a mão na massa" podemos incluir gestores com cargos a sério, políticos (de toda a espécie e subespécie ) e congéneres afins. Na primeira vertente, a dos que realmente trabalham, encontramos sempre alguma razão de descontentamento, mais numas alturas que noutras; evidentemente. Em alturas de crise é normal que o descontentamento seja maior, ninguém anda cá para dar nada a ninguém e, como tal, não há altruístas a exercer a função de entidade patronal.
Tem sido um dia complicado em diferentes partes do globo: em Istambul, na Turquia, mais de 600 pessoas já foram detidas por causa das manifestações do Dia do Trabalhador, em Macau (até há bem pouco tempo território nacional) a policia disparou balas de borracha para evitar uma manifestação contra a corrupção no território; ou seja, na China não há cá direito a protestos, mas isso, por cá, já se sabia. Para mim ainda me custa a compreender como cedemos todos, a nível mundial, à aceitação da passagem de Macau novamente para o jugo chinês. Que mal nos terão feito estas pessoas? Não consigo sentir-me bem com isto, sinto-me especialmente responsável porque Macau era português e todos sabemos que sacrificámos esta gente por um equilíbrio parco e insuficiente de forças, a nível internacional. Podemos dizer que conseguimos suavizar a culpa por termos deixado a situação esclarecida relativamente a alguns direitos para a parcela portuguesa que por lá permaneceu, mas será que está certo? Creio que não. Também admito que não via um exército Chinês a caminho de portugal... Não que Macau não mercesse o gasto, muito pelo contrário. É que por enquanto, eles só levantam a "crista" entre eles.
Noutros casos, como no Paquistão, a população protesta pela pela igualdade de direitos entre homens e mulheres, causa que evidentemente tem o meu apoio. Força!
Na Índia, milhares de prostitutas sairam à rua para pedir ao Governo o reconhecimento da sua profissão, que apesar de ser a mais velha do mundo, raramente é autorizada ou reconhecida. Esta não seria uma má opção, dado que a Índia recebe o chamado turismo sexual, não estando minimament preparada para tal, deixando que numa população menos informada e mais susceptível a aceitar tudo por "pouco" dinheiro (para o turista que pode pagar) e muito para o custo de vida indiano. Não só é uma forma de protecção para os turistas como para as próprias mulheres indianas sijeitas a este modo de vida que, do meu ponto de vista, não se deseja a ninguém.
Em Cuba, Fidel não participa, este ano, dos festejos do Dia do Trabalhar. Será um bom presságio para Cuba? Previase o regresso ao poder para hoje... Pode ser que o tão falado regresso não se dê, de todo. Cuba já passou da hora para avançar no tempo.
Aqui mais perto, na Alemanha, decorreram diversas manifestações contra a realização de manifestações agendadas pelo Partido Nacional Democrata (PND) alemão, de tendência neonazi, que escolheu o 1º de Maio para pegar em questões delicadas e convencer a população com insólitos e mentiras. Este dia atribulado acabou por não ter um desenrolar pacífico nalgumas cidades cujas manifestações se cruzaram nas ruas e, num caso pelo menos, com igual número de participantes, tendo a policia detido alguns dos menbros do PND e, lutado para manter a ordem.
Por cá, os protestos iniciaram-se na sua maioria pelas 15 horas e, estou certa que mais logo nos noticiários poderemos percepcionar em imagens de tv a dimensão do já conhecido descontentamento do cidadão porrtuguês face ao actual momento nacional e às repercursões que tem tido no mundo laboral: desemprego, aumento do custo de vida com a respectiva redução do poder de compra, dificuldades várias a nível de direitos do trabalhador, desigual tratamento salarial entre homens e mulheres (apesar de não ser tão gritante como nos países menos desenvolvidos), perda de direitos adequiridos e muito mais factores que poderia inumerar e são certamente o suficiente para termos um Dia do trabalhador em cheio e bem agitado.
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